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A guerra na Ucrânia é impulsionada pelo interesse de vários “impérios” e não apenas pela ideia de império, disse o papa Francisco em entrevista a uma estação de televisão suíça, a ser transmitida no domingo, mas cujos extractos comeram a ser conhecidos e publicados esta sexta-feira.
Francisco disse que o conflito foi alimentado por “interesses imperiais, não apenas do império russo, mas de impérios de outros lugares”, e expressou a sua disposição para conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, para pedir a paz.
O pontífice falava à televisão ítalo-suíça RSI, em entrevista que será transmitida no domingo, foram, entretanto, publicados extractos dessa entrevista pelos jornais italianos La Repubblica, La Stampa e Corriere della Sera.
Francisco, que tem 86 anos e comemora o 10º aniversário de sua eleição em 13 de Março, disse ainda que renunciaria se ficasse muito cansado e perdesse a capacidade de governar a Igreja Católica Romana.
No mês passado, disse que as renúncias papais devem ocorrer apenas em circunstâncias excepcionais. No entanto, estas declarações são interpretadas como os analistas como uma forma de preparar a Igreja Católica para a eventual renúncia ao cargo do Papa Francisco, hoje, uma atitude menos inédita, dado que o seu antecessor Bento XVI, que morreu em 31 de Dezembro aos 95 anos, se tornou o primeiro pontífice a renunciar ao cargo, em 600 anos, em 2013.
Questionado sobre o que o levaria a tomar a mesma decisão de desistir, Francisco disse: “Um cansaço que não te faz ver as coisas com clareza. A falta de clareza, não saber avaliar as situações”.
Francisco confessou que se sente “um pouco envergonhado” por usar uma cadeira de rodas devido as perturbações de que padece no joelho.
“Estou velho. Tenho menos resistência física, o joelho foi uma humilhação física, mesmo que a recuperação esteja indo bem agora”, disse o Papa.
