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OMS diz que Ómicron não é uma variante “ligeira” e considera inútil quarta dose da vacinação enquanto alguns países “não começaram a vacinar”

OMS diz que Ómicron não é uma variante “ligeira”

“Há países a vacinar os cidadãos pela quarta vez enquanto há outros que ainda não conseguiram dar a primeira dose aos trabalhadores na área da saúde, os mais vulneráveis”, frisou o responsável.

Tedros Adhanom Ghebreyesus que falava na primeira conferência de imprensa de 2022, repetiu a mensagem de que é preciso terminar com as desigualdades de vacinação no mundo ou caso contrário podem surgir novas variantes.

Numa altura em que o número de infeções no mundo aumentou para 70% na semana passada um valor inédito, e as mortes baixaram para 16%, segundo o boletim epidemiológico semanal da Organização Mundial da Saúde publicado esta quinta-feira 6.

Só para se ter uma ideia, ainda segundo o boletim entre 27 de dezembro e 2 de janeiro, houve, no mundo, 9,5 milhões de contágios confirmados, número que quase duplica os anteriores recordes semanais, e 41 mil mortes, cifra que se traduz na quarta semana consecutiva de diminuição de óbitos.

Entretanto em África, onde foi detetada inicialmente a variante Ómicron, as infeções subiram apenas 7%, a menor percentagem de todas, mas as mortes cresceram 22%.

Segundo o líder da OMS, a baixa taxa de vacinação a nível mundial foi um dos factores preponderantes para o surgimento da variante Ómicron, que se está a espalhar a um ritmo nunca antes visto.

“Com as baixas taxas de vacinação, criámos as condições perfeitas para que surgissem novas variantes”.

No que concerne a variante Ómicron Tedros Adhanom Ghebreyesus considera que não deve ser categorizada como “ligeira”, visto que tal como as outras variantes está a causar hospitalizações e mortes em todo o mundo, é muito rápida e está a causar a rotura dos serviços de saúde”, alertou o diretor-geral da OMS, apelando a que se continue a utilizar máscaras, e a manter o distanciamento social e a evitar aglomerações e a arejar sempre que possível os espaços interiores.

Tedros Adhanom Ghebreyesus destacou ainda que, nas últimas semanas, se atingiram novos máximos “no número de novos casos”, mas que não sabe “sequer parte do total real do número de contágios diários” considerando a dificuldade de muitos países testarem, os autotestes realizados e as quebras na testagem típicas da época festiva.

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