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Governo coreano lança dois novos mísseis, somando quatro desde o inicio do ano

Governo coreano lança dois novos mísseis, somando quatro desde o inicio do ano

O teste ocorre num momento delicado para a região, com eleições presidenciais marcadas para março na Coreia do Sul, enquanto a China, único grande aliado da Coreia do Norte, se prepara para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno no próximo mês.

Já nas últimas semanas, Pyongyang acelerou os seus testes de armas, com o regime de Kim Jong Un buscando fortalecer as capacidades militares do país sujeito a pesadas sanções internacionais, enquanto recusa ofertas de diálogo dos Estados Unidos.

Recentemente um dos lançamentos foi condenado pela União Europeia (UE). O bloco considerou na altura os testes uma ameaça à paz e segurança que “contraria os esforços” diplomáticos para retomar o diálogo com o país.

Os EUA também responderam e condenaram na semana passada tais ações e prometem novos sansões, o que Pyongyang chamou de “provocação”.

Em resposta o porta-voz do governo norte coreano advertiu que Se “os Estados Unidos adotarem tal atitude de confronto, a República Popular e Democrática da Coreia, será forçada a uma reação certa e mais forte”.

De acordo com o Estado-maior conjunto da Coreia do Sul os dois “mísseis balísticos de curto alcance” foram lançados de um aeroporto perto de Pyongyang pouco antes das 09h00, e percorreram 380 km a uma altitude de 42 km.

O ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, numa em coletiva de imprensa comentou que a frequência e variedade dos testes mostram que a Coreia do Norte está “tentando melhorar sua tecnologia e capacidades operacionais para realizar ações secretas, de maneira que outros países tenham dificuldades em detectar os sinais preparatórios de um lançamento”.

A Coreia do Norte afirmou ter testado com sucesso mísseis hipersônicos, uma arma particularmente sofisticada, em 5 e 11 de janeiro, sendo o segundo lançamento supervisionado pelo próprio Kim Jong Un.

Os mísseis hipersônicos podem atingir cinco vezes a velocidade do som, ou mais. São mais rápidos e manobráveis do que os mísseis padrão, tornando-os mais difíceis de interceptar pelos sistemas de defesa, nos quais os Estados Unidos gastam bilhões de dólares.

De recordar que em seu plano de defesa para os próximos cinco anos, apresentado em janeiro de 2021, a Coreia do Norte citou os mísseis hipersônicos como sua prioridade número um, já que o diálogo com os Estados Unidos sobre seu programa balístico e nuclear permanece paralisado.

Neste momento que o País atravessa uma grave crise econômica, agravada pelas sanções e pelo fechamento de suas fronteiras devido à covid-19, e o regime “precisa apresentar algo aos norte-coreanos”, estima Cheing Seong-chang, do Centro de Estudos Norte-coreanos do Instituto Sejong.

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