Garcia Luvongo, inspector do IGAE
Os funcionários, cujos nomes estão no anonimato, foram detidos, em flagrante delito, na instituição, após uma denúncia anónima à IGAE, sobre as referidas cobranças aos alunos, assim como a informação de caso estes não tivessem os valores era lhes interditada a assistência às aulas.
Em declarações para a imprensa, o inspector da IGAE em Mbanza Kongo, Garcia Luvongo, explicou que, depois da denúncia mobilizou uma brigada operativa e foi até a instituição, onde encontrou os acusados na posse de uma quantia monetária de 293 mil e 700 kwanzas.
Ainda no local, os acusados foram questionados sobre os motivos da cobrança e justificaram ser para pagar os auxiliares de limpeza e os seguranças. No cofre da escola, os inspectores encontraram o valor de 1.463.900 kwanzas.
“A direcção da escola obrigava os alunos a pagarem um valor trimestral de 2.100 kwanzas, na ordem de 700 kwanzas por mês, um acto ilegal, por não estar estipulado no regulamento da referida instituição, que não prevê o pagamento de propinas, mas sim de alguns emolumentos”, disse o inspector do IGAE. “A população deve continuar a denunciar os actos que violam os seus direitos”, apelou Garcia Luvongo.
O caso está agora a ser acompanhado pelo SIC (Serviços de Investigação Criminal).
Na sequência do combate a corrupção, a IGAE no Zaire deteve ainda, e também esta semana, um agente do Serviço de Migração e Estrangeiro (SME), na comuna do Luvo, por cobrança indevida de valores monetários a um cidadão.
O detido, subchefe do SME na região, é acusado de ter cobrado 25 mil kwanzas a um cidadão nacional para obtenção de um passe de travessia, quando este pretendia levar um parente à República Democrática do Congo em tratamento médico. “Percebendo que o valor estipulado, oficialmente, para o passe de travessia é de mil Kwanzas o lesado denunciou a ocorrência à IGAE”, contou, além de informar que o acusado já foi encaminhado ao Ministério Público.