Saúde

Alemanha lucra 760 milhões de euros com resgate da Lufthansa

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O governo alemão obteve um lucro de 760 milhões de euros com o resgate da Lufthansa, no auge da pandemia de coronavírus, destacando a recuperação da transportadora de bandeira do país.

O Fundo de Estabilização Económica da Alemanha gastou 300 milhões de euros em acções da Lufthansa em 2020 como parte de um pacote de resgate de 9 mil milhões de euros para a companhia aérea, cujas receitas caíram quando os governos fecharam as viagens aéreas num esforço para impedir a disseminação do Covid-19.

O governo veio reduzindo gradualmente sua participação de 20% e na terça-feira divulgou que vendeu a sua participação restante de 9,92%.A empresa arrecadou mais de mil milhões com a venda de toda a sua participação, excedendo confortavelmente o valor de seu investimento.

A Lufthansa pagou o último resgate antes do previsto em Novembro do ano passado, abrindo caminho para Berlim se desfazer de sua participação antes do prazo estabelecido – Outubro de 2023.

À medida que a ameaça da pandemia diminui, a Lufthansa está a caminho de obter seu primeiro lucro anual desde a pandemia. A empresa gerou um lucro líquido de 259 milhões de euros no segundo trimestre do ano, ou seja, até Junho, em comparação com a perda de 756 milhões no mesmo período do ano passado.

O presidente-executivo da Lufthansa, Carsten Spohr, disse que “a estabilização da Lufthansa foi bem-sucedida e também foi um mais-valia para o governo alemão e, portanto, para o contribuinte”. As acções superaram significativamente as rivais europeias este ano, apesar do aumento dos preços dos combustíveis e dos receios de recessão.

A Lufthansa caiu 10%, enquanto a Air France-KLM caiu 30%, a proprietária da British Airways, a IAG, caiu 33% e a EasyJet 43%.

O resgate da Lufthansa foi um dos vários que foram necessários para diversas companhias aéreas em toda a Europa, inclusive na França, Itália ou Portugal, onde os governos gastaram milhões de euros para salvar as suas companhias de bandeira.mOs resgates sublinharam a importância estratégica que os governos atribuem às companhias aéreas, que também são empregadores e exportadores importantes.

A disposição dos países europeus de assumir participações accionistas nas companhias aéreas contrastou com a abordagem dos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Michael O’Leary, executivo-chefe da companhia aérea irlandesa low coast Ryanair, acusou os Estados que apoiaram as companhias aéreas, na sua opinião ineficientes, distorciam a concorrência.

Mas apesar dos lucros, bem tudo corre bem na Lufthansa, que perdeu uns quantos milhões de euros de euros quando a equipa de terra entrou em greve em Julho. Os pilotos também ameaçaram com greve mas a companhia acabou por concordar em aumentar os seus salários em 980 euros por mês.

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