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“Governação, democracia e eleições” é o tema que senta à mesa do debate o sociólogo Paulo Inglês, o jurista Benja Satula, o politólogo Carlos Pacatolo e com também sociólogo David Boio, esta quinta-feira, dia 5 de Maio, pelas 15:00, na sala de conferência da UCAN, situada no edifício da extensão universitária.
A conversa tem princípio e tem vários temas pelo meio: E se as eleições fossem hoje quem as ganharia? Qual o actual nível de pobreza do país? Os angolanos consideram ou não que o país está na direcção certa? Preferem um governo democrático ou alternativas autocráticas? Para, eventualmente, no fim, se chegar a uma das questões essenciais do debate: Qual a qualidade da democracia angolana.
O debate tem ainda como ponto de partida as questões das mais recentes pesquisas plasmadas em estudo pelo Afrobarometer e Ovilongwa-Estudos de Opinião Pública sobre “Democracia e Qualidade da Governação em Angola”, apresentado por Carlos Pacatolo e David Boio.
Ao jurista Benja Satula, além da sua opinião sobre estes temas, cabe ainda a apresentação da sua reflexão sobre o tema “Integridade das instituições e o exercício da Autoridade Política: leis e práticas”.
O sociólogo Paulo Inglês vai dissertar sobre o complexo tema “A Democracia e a Verdade Eleitoral”, a um par de meses das eleições gerais em Angola, previstas para o próximo mês de Agosto.
A caminho das quintas eleições gerais no país depois da criação do sistema multipartidário, em 1992, Angola mantém inúmeros problemas relacionados com o processo eleitoral.
Por definição, uma democracia caracteriza-se por eleições livres e justas, e este continua a ser o maior desafio do actual regime angolano, o de garantir aos cidadãos que as eleições são efectivamente justas e transparentes, como mostra o estudo do Afrobarometer e Ovilongwa-Estudos de Opinião Pública divulgado por estes dias, em que cerca de metade da população acredita que não são.
Para que haja um reforço da confiança, é necessário que se acredite na “integridade das instituições” ou que Democracia e “verdade eleitoral” não sejam dois conceitos vagos ou adiados.
Este é, então, o debate que se pede, para tomar o pulso ao país e perceber da sua saúde democrática.