Saúde

Sobre a suspensão do mandato do general Ndalu

O pedido de suspensão do mandato do deputado do MPLA França Ndalu pode ter colhido de surpresa a opinião pública nacional e internacional, tendo em conta que os parlamentares raramente abandonam voluntariamente a AN, à excepção dos casos de doença grave, morte, ou quando são chamados a ocupar outros cargos na esfera do Estado.

Há duas versões que correm sobre as causas do abandono da bancada parlamentar do partido maioritário por parte deste prestigiado oficial general, sendo uma delas razões de saúde, a outra por supostas desinteligências com o presidente do seu partido e Chefe de Estado, João Lourenço.

Algumas vozes chegaram inclusive a associar este alegado clima de mal-estar à ausência do general Ndalu no polémico almoço promovido, ao início de este mês, no palácio presidencial pelo PR. Sintomaticamente, a imprensa pública não fez nenhuma referência à ausência, do nacionalista França Ndalu no referido acto, tendo, porém, virado os seus holofotes para os convidados da UNITA que tinham declinado o convite.

Seja quais forem as razões que estiveram na base da saída da AN do veterano deputado do MPLA, volta a reacender a polémica sobre a necessidade do abandono voluntário dos deputados «velhotes» para dar lugar aos mais jovens. Ao lado do deputado França Ndalu, há nomes de veteranos deputados que continuam de pé e cal naquele órgão de soberania, tais como Samuel Chiwale (UNITA) França Van-dúnem, Rui Mingas e Miguel Zau Puna (MPLA).

Na actual legislatura, dois deputados do haviam abandono a bancada parlamentar do MPLA por razões graves de saúde, nomeadamente Faustino Muteka e Kundi Paihama, este último viria a falecer.

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