Depois de alguma especulação, o Presidente João Lourenço foi inoculado, em Luanda, com a primeira dose da vacina russa contra a covid-19, designada por Sputnik V, nessa altura, e quando corriam fortes rumores que teria sido inoculado numa viagem ao Dubai, o Presidente angolano teve o cuidado de sublinhar a importância da vacina e a sua equitativa distribuição por todos, porque, disse, “ou nos salvamos todos, ricos e pobres, ou ninguém se vai salvar”.
A Camunda News teve a oportunidade de estar presente no complexo de vacinação Paz Flor, na estrada da Samba, esta semana, onde pode testemunhar as consideráveis filas que se faziam, ainda que tudo com relativa cadência e ordem, de dezenas e dezenas de angolanos, de todas as idades, falamos com jovens de 25, 28 ou ‘mamãs’ e ‘papás’ mais velhos, com mais de 50 anos, que se distribuíam para tomarem as segundos doses por três áreas distintas, onde estavam a ser administradas diversas vacinas – Sputnik, Pfizer, Sinopharm e AstraZeneca.
E se pela primeira vez João Lourenço se deslocou ao complexo do Paz Flor, desta vez, e para a segunda dose, as autoridades de saúde deslocaram-se ao Palácio para administrarem as vacinas ao Presidente da República e à primeira-dama. Recorde-se que João Lourenço é um dos poucos presidente africanos que foi inoculado com a vacina russa, a sua esmagadora maioria tomou a vacina da AstraZeneca.
Recorde-se que a vacina russa obteve uma avaliação positiva quanto à sua eficácia da prestigiada revista científica The Lancet, mas ainda não tem o aval dos mais relevantes reguladores dos medicamentos, como, por exemplo, a Autoridade Europeia do Medicamento (EMA) ou a Food and Drug Administration FDA) norte-americana.