A Agência Europeia do Medicamento (EMA) divulgou que tem dito aos profissionais de saúde e às pessoas que recebem a vacina para que “permanecerem cientes” da possibilidade de que casos muito raros de coágulos sanguíneos, combinados com níveis baixos de plaquetas, podem ocorrer nas duas semanas após a vacinação.
Até agora, a maioria dos casos relatados ocorreu com mulheres com menos de 60 anos de idade, disse o regulador, mas afirmou que ainda não foi possível determinar se grupos específicos corriam mais risco do que outros.
A EMA deixou ao critério das autoridades de saúde de cada Estado-membro o que fazer relativamente ao uso da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca.
A vacina produzida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford tem estado sob intenso escrutínio científico desde o início do mês passado, quando uma enfermeira de 49 anos morreu de complicações devido a coágulos sanguíneos após ter sido vacinada, o caso ocorreu na Áustria.
Mas outros casos ocorreram em toda a Europa, levando alguns países a suspender o uso da vacina até que fossem feitas análises científicas.
As preocupações estão centradas numa condição rara de trombose cerebral (CVST) devido à formação de um coágulo que impede a drenagem do sangue ao cérebro. Os reguladores admitem que está a acontecer entre os vacinados numa uma taxa acima do que se esperaria na população normal.
O anúncio desta quarta-feira é o mais recente golpe para a vacina que foi apontada como um elemento chave para ajudar a debelar pandemia, uma vez que é uma vacina barata e de fácil armazenamento.
Os casos preocupantes são pequenos em número. A Grã-Bretanha documentou os coágulos graves numa percentagem de um para 500 mil. Porém, a EMA estimou o risco para menores de 60 anos em cerca de 1 em 100 mil.