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A tensão e a violência tomaram conta da Cisjordânia

Na noite de sábado, um atirador abriu fogo contra um restaurante num assentamento na Cisjordânia, perto da cidade de Jericó, disseram os militares israelitas, mas nesse ataque ninguém ficou ferido, o atirador só disparou um tiro e colocou-se em fuga.

Em vários bairros palestinianos de Jerusalém, ocorreram confrontos entre a polícia israelita e, que estava armada com balas de borracha e gás lacrimogéneo, e os palestinianos, que tinham pedras e fogos de artifício. Pelo menos um palestiniano foi atingido e ferido pelas forças israelitas durante os confrontos, informou o Wafa.

O novo governo de extrema-direita de Israel anunciou uma série de medidas na noite de sábado. O governo disse que planeia acelerar as licenças de armas para os cidadãos israelitas, reforçar as unidades militares e policiais e fazer mais prisões entre os palestinianos ao mesmo tempo que se farão operações destinadas a apreender as armas dos palestinianos.

O primeiro-ministro Netanyahu disse que queria expandir e agilizar a emissão de licenças de porte de armas para milhares de civis israelenses, incluindo os dos serviços de resgate, entre eles, os membros voluntários da ZAKA, uma organização de busca e salvamento composta por pessoal paramédicos. “Imagine se eles e outros estivessem armados”, disse o primeiro-ministro. Eventualmente não é bom imaginar.

Os recentes ataques palestinianos, incluindo o tiroteio na noite de sexta-feira em frente a uma sinagoga e o tiroteio de sábado, tiveram como alvo assentamentos e colonos israelitas em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. Os assentamentos são considerados ilegais sob o direito internacional e por grande parte da comunidade internacional. Mas governo de Netanyahu já disse que tomaria medidas para fortalecer os assentamentos.

A violência na Cisjordânia marcou um começo sangrento neste ano de 2023, com a morte de pelo menos 30 palestinianos, incluindo cinco menores de 18 anos, e sete israelitas.

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