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Vice-presidente do Brasil saiu de Angola de mãos a abanar

O general Hamilton Mourão, vice-presidente da República Federativa do Brasil, viajou a Angola para representar o Brasil na XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Luanda, mas, e para além disso, veio com outra missão, que, aparentemente, fracassou.

O presidente Jair Bolsonaro terá incumbido Mourão de convencer o Presidente João Lourenço, um general como ele, a amenizar a relação das instituições angolanas com a Igreja Universal do bispo Edir Macedo para que este possa voltar a celebrar o culto no país africano.

O Presidente angolano e o vice-presidente brasileiro conversaram sobre o assunto no encontro bilateral que tiveram no Palácio da Cidade Alta, e ao que parece, o João Lourenço terá explicado a Mourão que pouco ou nada podia fazer porque o caso estava a ser tratado na Justiça angolana, e que em Angola, o Presidente tem de respeitar a independência do poder judicial que é independente.

A parte angolana da Igreja Universal denunciou a parte brasileira de transferir ilegalmente grandes somas de dinheiro. A justiça deu-lhe razão e os pastores brasileiros foram obrigados a deixar Angola, arriscando-se a ser preso se voltarem, e estamos a falar de cerca de 100 pessoas, entre pastores e familiares.

A Rede Record de televisão tem sido usado por Edir Macedo para pressionar o regime angolano, por agora, sem sucesso, sendo que as autoridades angolanas encerraram a televisão em Angola, que, e de acordo com fontes da Camunda News, poderá reabrir em breve.

Edir Macedo é, no Brasil, um dos mais conhecidos e poderosos aliados do Presidente Jair Bolsonaro, um apoio que o Presidente brasileiro não se pode dar ao luxo de perder, mas, e ao que tudo indica, não contará com Angola para abrir de novo portas ao culto evangélico do poderoso bispo.

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