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Trabalhar mais e comunicar melhor é o desafio do actual Governo composto por ministros do antigo

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Adão de Almeida na Casa Civil, Francisco Furtado na Casa Militar e Manuel Nunes Júnior para a Coordenação económica são as não-novidades do governo para um mandato de cinco anos do Titular do Poder Executivo João Lourenço.

A cerimónia de posse decorreu esta segunda-feira, em Luanda, no Palácio da Cidade Alta, sem grandes sobressaltos ou expectativas, uma vez que a maioria dos ministros foi reconduzida.
O Presidente da República, no seu discurso, fez questão de sublinhar que “precisamos de trabalhar mais logo desde o início”, no sentido de servir o povo e a nação angolana e para que no final se possa dizer “missão cumprida”.

“Precisamos de ser humildes em primeiro lugar em reconhecer que não sabemos tudo. Aprende-se fazendo. Cometemos erros desde que não sejam graves. Consideramos que serão normais e cada dia que passar estaremos em melhores condições de desempenhar com zelo e sucesso as missões que nos foram incumbidas”, disse João Lourenço.

São várias as críticas que se fazem ouvir ao Governo que o Presidente João Lourenço escolheu para o seu segundo mandato, a mais insistente e a que causa maior perplexidade, está relacionada com o facto de o Presidente da República ter escolhido um governo que em nada reflecte os resultados eleitorais, que, e quer se queira quer não, apesar da vitória do MPLA, foi severamente penalizado nas urnas, especialmente, e como temos vindo a escrever, na Província de Luanda, que inclui a megametrópole que integra o coração político e financeiro do país.

O conservadorismo das escolhas presidenciais foi já tomada por arrogância.

“Tudo se resume à nomeação de um governo que se mantém igual ao anterior, com aparente desprezo pela voz do povo e pelos quadros do MPLA. João Lourenço demonstra, por um lado, sem equívocos, que não é reformista e não tentará sê-lo. Por outro, revela que não interpretou adequadamente o cartão vermelho que lhe foi dado pelos seus militantes e pela classe média em Luanda, o centro do poder. Com a recondução dos mesmos conselheiros no seu gabinete, dos mesmos ministros e dos mesmos governadores perdedores nas suas províncias, dá a ideia de que o presidente desistiu do país e dos angolanos.”, escreveu Rafael Marques de Morais num artigo a que deu o título de: “Arrogância, teimosia e o mesmo governo de Lourenço”.

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