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Sobre a cimeira de Washington paira uma ideia central da política externa norte-americana: que as democracias podem superar as autocracias

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O presidente dos Estados Unidos disse a uma dezena de líderes africanos reunidos em Washington que o seu país está “totalmente envolvido no futuro de África”, e garantiu a distribuição de milhões de dólares tanto de financiamento governamental como investimento ao sector privado, para ajudar o Continente em saúde, infra-estruturas, negócios e tecnologia.

“Os EUA estão comprometidos em apoiar todos os aspectos do crescimento da África”, disse Biden aos presentes na grande sala de conferência da Cimeira EUA-África, a primeira desde 2014.

Biden apresenta ainda os Estados Unidos como um parceiro confiável para promover eleições democráticas e impulsionar o crescimento crítico em saúde e energia, e para isso avançou com um pacote de 55 mil milhões para investimentos nos próximos três anos no Continente africano, indicando que esse valor “é apenas o começo”. E há ainda mais 15 mil milhões garantidos para compromissos e parcerias privadas.

“Há muito mais que podemos fazer juntos e que faremos juntos”, disse o presidente norte-americano aos líderes africanos.

Após seu discurso, o presidente Joe Biden passou algum tempo com líderes, incluindo o primeiro-ministro marroquino Aziz Akhannouch, com quem assistiu ao França-Marrocos, a segunda-meia final do Campeonato do Mundo do Catar, ganha, como sabemos, pela França, seja como for, foi a primeira vez que uma equipa africana e do ‘mundo árabe’, foi tão longe na prova.

Os Estados Unidos têm vindo a ficar para trás relativamente à China no que tem a ver com o investimento na África subsaariana, que se tornou um campo de batalha importante muma competição cada vez mais tensa entre as grandes potências.

A Casa Branca insiste que a reunião desta semana é, acima de tudo, mais promover uma espécie de auscultação com os líderes africanos do que um esforço para combater a influência de Pequim, mas o princípio central da política externa de Biden paira sobre a cimeira, que é: os Estados Unidos estão numa batalha global para provarem que as democracias podem superar as autocracias.

Esta mensagem ficou clara nos eventos de quarta-feira. No seu discurso, Biden falou sobre como os EUA ajudariam na modernização da tecnologia em todo o Continente, fornecendo energia limpa, promovendo a igualdade das mulheres e de oportunidades de negócios, levando água potável às comunidades e financiando melhor os cuidados de saúde.

O gabinete da primeira-dama Jill Biden, também destinou 300 milhões de dólares para a prevenção, triagem, tratamento e pesquisa do cancro na África.

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