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Partidos da oposição pedem que se cumpra a Constituição e que haja tratamento imparcial dos partidos políticos por parte da imprensa pública. A realidade parece dar razão a este protesto.
Num comunicado tornado público no passado dia 5 de Maio, os principais partidos da oposição – UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA, BD e o projecto Pra JA – Servir Angola – alertavam para o não cumprimento da Constituição, nomeadamente, do n.º 4 do artigo 17.º “sobre o direito a um tratamento imparcial dos Partidos Políticos pela Imprensa Pública e o direito de oposição democrática”.
O Centro do Estudos do Instituto Sol Nascente, do Huambo, fez um estudo e temos que na Televisão Pública de Angola (TPA), no telejornal do dia 10 de Maio, na passada quarta-feira, o MPLA tem uma cobertura de 4,47 minutos e a Oposição teve uma referência de menos de um minuto. À cobertura da actividade do Executivo foram dados quase 20 minutos.
Quanto à TV Zimbo, no mesmo dia, p MPLA teve 3,6 minutos de cobertura noticiosa, o Executivo um pouco mais, 5,53 minutos. À oposição, no caso à CASA-CE, foram dados 4,24 minutos.
Recorde-se que a coligação eleitoral, que já foi liderada por Abel Chivukuvuku e que por estes dias é de novo tutelada por André Mendes de Carvalho, ainda que formalmente o seu líder seja Manuel Fernandes, não faz parte da frente eleitoral da oposição que se apresenta como “alternativa de poder” nas eleições de Agosto deste ano.
Na Huíla, André Mendes de Carvalho, membro do conselho presidencial da CASA-CE e que chefia uma delegação da coligação que se deslocou-se à província, apelou aos partidos políticos para se “pautarem pela harmonia” para que o processo eleitoral de Agosto possa decorrer em “ambiente pacífico”.