Professores Universitários anunciam greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira
A informação foi avançada pelo secretário-geral do Sinpes, Eduardo Peres Alberto, afirmando que a greve será “por tempo indeterminado” por “falta de respostas concretas” da entidade patronal sobre suas inquietações.
“A greve na quarta-feira, será de dimensão nacional, porque não há respostas concretas por parte da entidade patronal que é o Governo ou o Ministério do Ensino Superior”, disse o docente em uma entrevista cedida à Lusa.
De acordo com o responsável sindical, na última semana os docentes reuniram-se com a direção do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), “mas não houve soluções e por esse motivo a greve está declarada e vai sair já a partir do dia 10.
A falta de seguro de saúde, além do aumento salarial, melhores condições de trabalho, melhoria das infraestruturas, falta de fundos para a investigação científica e extensão universitária, formação contínua dos docentes estão entre as reivindicações do Sinpes descritas num caderno reivindicativo remetido ao Ministério do Ensino Superior em 12 de maio de 2018.
Eduardo Peres Alberto, relatou ainda que o órgão ministerial convocou uma nova reunião na terça-feira, mas o mesmo não acredita que deste encontro saiam soluções concretas para dos docentes, “porque, segundo ele, se em três anos não conseguiram resolver os problemas, acreditam que não será agora que terão resolução pelos problemas acima mencionados.
De salientar, que o Presidente da república, João Lourenço, reconheceu, no passado dia 5 do mês em curso, que apesar dos esforços que têm sido empreendidos, ainda é uma realidade a escassez de docentes e funcionários administrativos para responderem às necessidades específicas de cada instituição de ensino superior em Angola
João Lourenço, que discursava na cerimónia de abertura oficial do ano académico 2021/2022, assumiu, que “há ainda um grande caminho a percorrer para o aumento do corpo docente e de funcionários administrativos em tempo integral”.