Presidente do Cazaquistão demite governo após protestos contra subida do preço do gás
O documento marca a demissão imediata, mas exige os membros do governo a continuarem a exercer as suas responsabilidades até a nomeação do novo gabinete, deste modo o vice-primeiro ministro Aikhan Smailov foi nomeado primeiro-ministro interino.
As mudanças ocorreram horas após o presidente Tokaev ter declarado o estado de emergência e implementado o toque de recolher em Almaty e na província de Mangystau devido aos protestos em massa contra o aumento dos preços do gás. Entretanto o estado de emergência deverá permanecer em vigor até o dia 19 de janeiro.
O presidente cazaque afirma ainda que o governo é “especialmente culpado” por permitir que a subida do preço do gás liquefeito desencadeasse manifestações.
O protesto começou no domingo 2, após uma subida de preços do gás natural liquefeito (GNL) na cidade ocidental de janaozen, rica em recursos, antes de se espalhar para a grande cidade regional de Aktau, no mar cáspio.
Entretanto, já há três dias que os protestos têm ocorrido em toda a nação da ásia central, mas agora a situação em Nursultan, capital do país, foi estabilizada,
A crise no Cazaquistão é principalmente pela decisão de tokayev em restaurar no sábado 1, o preço de mercado do GLP (gás liquefeito de petróleo).
O gás é usado como um substituto barato da gasolina em carros adaptados. a mudança foi recebida com protestos em regiões-chave de produção petroleira, como a cidade de Janaozen e a província de aktau.
As manifestações se espalharam pelo país e chegaram a Almaty, que abriga pouco mais de 8% da população de 19 milhões do Cazaquistão.
Em consequência dos protestos houve queima de carros na cidade, e a utilização de veículos militares para dispersar os manifestantes.
Por sua vez, o presidente tokayev se reuniu com membros de seu gabinete para tratar da situação do país. O chefe de estado ordenou o restabelecimento dos controles de preços do GPG, gasolina e diesel por 180 dias. ainda, a introdução de regulamentação estadual de preços para produtos alimentícios “socialmente significativos” e o desenvolvimento de uma lei de falência pessoal.
O presidente pediu também que fosse considerado o congelamento das tarifas de serviços públicos para a população por 180 dias e o subsídio de aluguel para pessoas socialmente vulneráveis.