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A moção foi aprovada por unanimidade, ou seja, com os 243 votos dos presentes, de acordo com o comunicado final, que resume as conclusões da II Reunião Ordinária da Comissão Política da UNITA, que se realizou na sexta-feira e no sábado, em Viana.
Nas conclusões, a UNITA destaca que, depois da realização do seu XIII Congresso Ordinário (que elegeu Adalberto da Costa Júnior), “viveu uma situação de ataque político permanente do regime com o recurso a todo o aparelho do estado”, felicitando os seus membros por, e “apesar das adversidades”, se terem conseguido manter unidos.
A UNITA promete “trabalhar afincadamente” para a realização das eleições autárquicas em 2023 e em todos os municípios, e aprovou como lema do Partido para o próximo ano: “2023 – Ano da Defesa da Democracia Participativa para o Desenvolvimento Sustentável”
No comunicado, o partido do “Galo Negro” responsabiliza o Executivo liderado pelo MPLA pela “situação miserável” de boa parte população angolana e solidariza-se com a luta de várias classes de trabalhadores (professores, dos médicos, dos enfermeiros, dos profissionais da TAAG), que tem realizado greves nos últimos meses.
Critica ainda a falta de vontade política de criar “políticas a favor do trabalho e dos desempregados” e exige medidas adequadas face aos mais de três milhões de crianças que se encontram fora do sistema de ensino.
O partido denuncia ainda a perseguição política que tem sido perpetrada pelo regime através de instituições públicas “contra vários cidadãos que, no exercício do seu direito de cidadania, no decorrer das recentes eleições participaram em actividades a favor da alternância de poder”.
O comunicado diz também que o Executivo se apropriou do programa Kwenda financiado parcialmente pelo Banco Mundial, direcionado ao combate à pobreza “e que serviu vergonhosamente para a compra de votos nas últimas eleições”.
Em termos internacionais, a UNITA apoia os esforços da comunidade internacional tendentes a reduzir a emissão de gases com efeito estufa de modo e apela a negociações de paz entre as partes beligerantes dos conflitos do Tigray e do leste da República Democrática do Congo, bem como negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia, apoiadas pela comunidade internacional.