Os abutres são aves necrófagas, que se alimentam quase exclusivamente de cadáveres de animais mortos. Muita gente simpatiza pouco com esta espécie de aves, pois a imagem que temos delas é que se alimentam dos despojos de qualquer cadáver, o que nos faz sentir uma certa rejeição.
Mas muito pior são os abutres da sociedade. Enquanto que os primeiros nos comem mortos, estes nos comem vivos. É o tipo de abutre moderno, que está a ganhar cada vez mais espaço, um abutre mais presente em nossas vidas e que tem papel fundamental em eventos políticos.
Estamos em época de pré-campanha eleitoral. O ano de 202 está cada vez mais próximo. O palco dos abutres da sociedade está frenético em debates televisivos, radiofónicos e nas plataformas digitais com especial destaque para o Facebook e o Twitter.
Neste momento canais de televisão ávidos da especulação para traduzirem más notícias, colocando-as em primeiro plano numa tentativa de exploração política vão estendendo o tapete para que os abutres da sociedade façam o que melhor sabem fazer, comer-nos vivos na pele de comentadores, especialista em emissão de certificado digital, etc.
Nas plataformas digitais, geralmente são perfis falsos que fazem publicações, seguem pessoas e curtem ou compartilham conteúdo. Outros com perfis verdadeiros representam também um problema – na pele de activistas, revus, etc. – quando criam uma falsa hastag ou uma Fake News para manipular as pessoas e seguem uma agenda cinzenta.
Tal como se viu nos EUA e outras paragens do mundo plataformas como Facebook e Twitter serviram para que os abutres da sociedade durante o período eleitoral criassem temas que causam discórdia e polarização.
Assim, é necessário ter cuidado para não cair no efeito manada e servir de massa de manobra desses abutres da sociedade. Precisamos sempre que possível, verificar as fontes, verificar se já foi divulgado por alguma rede confiável e estar atento a movimentações inesperadas.
Com essas atitudes podemos nos manter distante de qualquer manipulação.