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A homenagem a Agostinho Neto decorre no âmbito das actividades alusivas ao centenário do seu nascimento, sob patrocínio da Presidência da República de Angola, e acontece durante a celebração do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que se assinala a 5 de Maio. Neto será homenageado com outros autores da língua portuguesa como o Prémio Nobel da Literatura, o português José Saramago, o brasileiro Lima Barreto e o moçambicano José Craveirinha.
A delegação angolana da Fundação Dr. António Agostinho Neto, chefiada pela sua presidente, Maria Eugénia Neto, além do evento que internacionaliza o Centenário de Neto, vai outorgar a Ordem Sagrada Esperança, a título póstumo, a 23 intelectuais da “Academia Francesa”, que, em 1955, assinaram duas petições dirigidas ao então presidente português, Francisco Craveiro Lopes, para a libertação de Agostinho Neto da cadeia do regime colonial português, que tinha como chefe do governo António de Oliveira Salazar.
De acordo com uma nota da Fundação, entre os distinguidos constam nomes de cientistas, artistas e membros da referida academia, com destaque para os franceses, que também foram um casal, Jean Paul Sartre e Simone Beauvoir. Mas haverá outras personalidades, como os mexicanos Diego Rivera e David Sisqueiros, o cubano Nicolás Guillén, os romenos Tristan Tzara e André Kedros e o também francês Jean Cocteau, uma lista em que a maioria esmagadora dos homenageados são figuras masculinas.
A Ordem Sagrada Esperança, criada a 2 de Março de 2015, é uma ordem honorífica da Fundação Dr. António Agostinho Neto, destinada a galardoar ou distinguir, em vida ou a título póstumo, os cidadãos nacionais ou estrangeiros que se notabilizaram por actos excepcionais ou tenham prestado serviços relevantes à Luta de Libertação Nacional em Angola.