Na entrevista, o procurador-geral adjunto da República afirmou que Portugal é um dos principais destinos das fortunas "roubadas" em Angola, apesar de reconhecer os esforços da justiça portuguesa no processo de recuperação de activos "escondidos" naquele país. Mouta Liz considera que Portugal é um dos pontos "mais abertos" no estrangeiro e que os angolanos se servem disso para fazer passar somas avultadas.
O magistrado refere que sempre que há operações suspeitas de branqueamento de capitais envolvendo angolanos, Lisboa alerta as autoridades angolanas, e assume que as relações de cooperação com a justiça portuguesa em matéria penal são excelentes.
O procurador-geral adjunto da República afirmou, ainda, que a política de combate à corrupção, levada PGR, tem sido revista e realinhada devido à complexidade do processo.