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Jovens voltam à rua em protesto no próximo sábado, desta vez no Uíge

Há uma manifestação de jovens activistas angolanos marcada para o próximo sábado no Uíge. De acordo com Jorge Kisseque, um dos organizadores do protesto, a "manifestação será pacífica" e vista "exigir a alternância de poder em Angola" e eleições autárquicas.

Por Administrador em 06/01/2021 às 07:14:17

"O atual Governo constitui um obstáculo para a edificação de uma Angola inclusiva para todos", palavras de um dos organizadores da manifestação. Jovens activistas angolanos e actores da sociedade civil marcham no próximo sábado, no Uíge, para protestar contra as "dificuldades socio-económicas" e exigir "alternância no poder no país", anunciou esta semana um elemento da organização.

Segundo o ativista Jorge Kisseque, um dos organizadores da marcha, a manifestação "será pacífica" e visa "exigir a alternância no poder em Angola". "Impedindo desta forma a realização da vontade do povo soberano como é o caso da não-fixação da data das autarquias locais, a não mobilização de condições múltiplas para a criação de um sistema de saúde, educação, saneamento básico, acesso à água, ao emprego, aos transportes públicos e de qualidade", afirmou Jorge Kisseque, em declarações à Lusa.

A marcha agendada para sábado deve decorrer sob o lema "45 anos é muito, MPLA fora", porque, para o ativista, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975) "é o responsável pelos problemas básicos que afetam milhares de angolanos há 45 anos".

"Como está claro, com o MPLA no poder esses problemas básicos não serão resolvidos", argumentou, convidando os cidadãos das restantes províncias angolanas a se solidarizarem com a iniciativa.

Kisseque, que diz ter sido "baleado com sete tiros nos pés", em Agosto de 2020, um dia antes de uma manifestação por si organizada, considera também que a "alternância ao poder é a única opção para que os angolanos tenham oportunidades iguais". De acordo com o activista, o governo e o comando provincial da polícia no Uíge "já foram informados sobre a realização da manifestação" e uma reunião entre os organizadores da marcha e a polícia local está prevista para manhã de sexta-feira.

"Esperamos que polícia nacional assegure a nossa manifestação pacífica e pedimos à comunidade internacional e à Amnistia Internacional para que acompanhem no sentido de não acontecer o que se registou em Agosto de 2020 quando fui baleado", acrescentou.

No final do ano passado, Angola foi palco de protestos contra um crescente descontentamento com a governação do Presidente João Lourenço, incluindo um a 11 de Novembro, dia em que o país assinalou 45 anos de independência.

Fonte: LUSA

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