JPA homenageia Hilbert Ganga morto a tiro por operacional da UGP

O acto central de homenagens a Hilbert Ganga teve início nessa segunda-feira, 23, e estender-se-á até ao próximo sábado, dia 30. Para os jovens militantes da CASA-CE, Hilbert Ganga "tombou heroicamente".

De acordo com os relatos, Hilbert Ganga foi morto depois de ser detido por operacionais da UGP, perto do estádio dos Coqueiros, quando o mesmo afixava às paredes, panfletos com dizeres que condenavam a morte dos activistas Cassule e Kamulingue. Entretanto, foi alvejado às costas quando tentou pôr-se em fuga já no perímetro do Palácio Presidencial.

O jovem militar Desidério Patrício Barros, identificado como o autor dos disparos, chegou a ser julgado dois anos depois, mas acabou por ser absolvido pelo juiz José Domingos Pereira, por considerar que Hilbert Ganga e outros jovens, colavam "cartazes ofensivos à pessoa do então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, além de terem violado do perímetro de segurança do Palácio Presidencial", e que, em face disso, concluiu o juiz na altura, que o jovem militar agiu em mero cumprimento do serviço" a que estava afectado.