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Paul Kagame pondera um outro destino para Paul Rusesabagina, condenado a 25 anos de prisão por terrorismo

O gerente de um hotel de luxo, que terá arriscado a vida para salvar centenas de pessoas, em 1994, durante o genocídio no Ruanda, e que está agora preso no país, condenado a 25 anos de prisão. Os Estados Unidos têm-se empenhado para libertar o herói de "Ruanda Hotel", que terá sido preso e julgado de forma ilegal.

Por CSP em 13/03/2023 às 09:03:40
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O presidente de Ruanda, Paul Kagame, disse, esta segunda-feira que há discussões sobre como "resolver" o destino de Paul Rusesabagina, que foi retratado como um herói no filme de Hollywood, "Ruanda Hotel" e cumpre actualmente uma sentença de 25 anos de prisão, no Ruanda, por acusações de terrorismo, depois de um julgamento contestado pela comunidade internacional e que perturbou o regime ruandês.

Rusesabagina foi condenado em Setembro de 2021 devido à sua ligação com uma organização que se opõe ao governo de Kagame. Negou todas as acusações e recusou-se a participar do julgamento, a que chamou de farsa política.

Washington criticou a forma como Rusesabagina foi preso e a falta de garantias de julgamento justo. Rusesabagina tem residência permanente nos Estados Unidos.

Kagame disse que o país não seria intimidado por Rusesabagina, mas na segunda-feira parecia sugerir que havia espaço para um acordo.

"Não estamos presos ao nosso passado. Avançamos para o futuro", disse Kagame durante uma entrevista, em vídeo, no Fórum de Segurança Global.

"Portanto, há discussão, há a procura, de todas as formas possíveis, de resolver o problema sem comprometer os aspectos fundamentais do caso."


Em Agosto último, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que havia transmitido as suas preocupações a Kagame sobre o julgamento. O Ruanda insiste que o julgamento foi legal.

Rusesabagina foi homenageado em todo o mundo depois de ser interpretado pelo actor Don Cheadle no filme de 2004, "Ruanda Hotel", o filme dá o lugar de um herói que arriscou a vida aos abrigar centenas de pessoas num hotel de luxo durante o genocídio de 1994, era o gerente do hotel.

Grupos de direitos humanos dizem que a prisão de Rusesabagina é um exemplo de como Kagame usa tácticas autoritárias para esmagar a oposição política e prolongar as mais de duas décadas no poder, alegações que o presidente nega.

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