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Explosão atinge uma mesquita num complexo policial em Peshawar, morrem pelo menos 47 pessoas

Uma explosão atingiu uma mesquita num complexo policial na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão, o telhado colapsou e pelo menos 32 pessoas morreram, na sua maioria polícias.

Por Cisola Silva Pontes em 30/01/2023 às 08:44:10
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(actualização)

Um homem-bomba fez-se explodiu dentro de uma mesquita em pleno tempo de oração num complexo de segurança altamente fortificado no Paquistão, esta segunda-feira, matando 47 pessoas, o mais recente ataque de militantes islâmicos pró talibãs. O alvo foi agora a polícia.

As autoridades disseram que o agressor parece ter passado por várias barricadas mantidas por forças de segurança para entrar no complexo da "Zona Vermelha" que abriga escritórios da polícia e de contra-terrorismo na volátil cidade de Peshawar, no noroeste do país, perto da fronteira com o Afeganistão.

Muhammad Asim, porta-voz do Hospital Lady Reading em Peshawar, disse, ainda da parte da manhã, que houve pelo menos 32 mortos e 147 feridos - números, entretanto, actualizados - a maioria são polícias, e que o número de mortos deve aumentar à medida que as equipes de resgate trabalham nos escombros da mesquita.

A polícia ainda não determinou se foi um ataque suicida ou se os explosivos foram previamente colocados na mesquita. "As equipas de resgate por agora ocupadas a remover os destroços. Assim que os destroços forem removidos, poderemos dizer se foi um ataque suicida ou não", disse Alam Khan, porta-voz da polícia de Peshawar.

A explosão ocorreu durante as orações da tarde na mesquita, quanto pelo menos 150 pessoas estavam lá dentro.

"Estávamos na fila para a oração da tarde e quando o líder da oração disse 'Allaho Akbar', houve uma grande explosão. Ficou tudo confuso e nessa altura parte do telhado da mesquita desabou", disse o inspector de polícia Mushtaq Khan por telefone aos media a partir do hospital, ele era um dos polícias que estava na mesquita.

"Os terroristas querem criar o medo atingido aqueles que cumprem o dever de defender o Paquistão", disse o primeiro-ministro Shehbaz a propósito do ataque que condenou, dizendo que este tipo de ataques nada têm a ver com o Islão.

O complexo da polícia da capital provincial Peshawar é uma zona de alta segurança perto da fronteira com o Afeganistão e fica perto dos tribunais, assembleia provincial, quartéis do exército, casa do governador e residência do representante do governo central. O complexo inclui a sede dos departamentos de contra-terrorismo e investigação. É um núcleo policial relevante.

O Paquistão está actualmente mais vulnerável aos ataques talibãs, que detém o poder no vizinho Afeganistão. Ataques anteriores na região noroeste do Paquistão foram realizados pelo próprio movimento talibã do país, que, ainda assim, não está directamente ligado ao grupo que agora controla o vizinho Afeganistão.

Até agora, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque.

O Talibãs paquistaneses, ou Tehrik-e-Taliban Paquistão, já perpetrou quase 1.800 ataques no país contra civis e alvos militares na última década e acredita-se que tenha sido encorajado pela tomada do Afeganistão pelos talibãs.

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