Mpla descredibiliza projecto político da oposição
Em comunicado emitido este sábado, 07 de Agosto, que a Camunda News teve acesso, o Bureau Político do MPLA diz que tomou conhecimento da criação de uma auto denominada “Ampla Frente Patriótica para Alternância”, que pretende congregar forças políticas e personalidades políticas da oposição, para desafiar o MPLA.
Segundo o comunicado, como era de esperar, a propalada “Frente” não apresenta nenhuma proposta de Programa de governação alternativa a do MPLA, avalia o presente de forma incoerente e irresponsável e não tem qualquer visão de futuro para o País.
O MPLA descredibiliza de tal forma o projecto político avançando que está composto por cidadãos cuja idoneidade política é questionável.
Na visão do MPLA, esta “Frente” é composta por um Partido cujo líder tem o seu lugar por um fio, com um processo intentado pelos militantes do seu próprio Partido a correr no Tribunal Constitucional, um segundo Partido que não concorre às eleições desde o pleito de 2008, por incapacidade de reunir as assinaturas necessárias, tendo recorrido ao expediente de integrar a coligação de partidos CASA-CE como única forma de ter um ou outro deputado no Parlamento e ainda um cidadão isolado que liderou um projecto falhado de criação de um Partido Político inviabilizado pelo Tribunal Constitucional através do Acórdão nº 837-C/2020″, apontou.
De acordo com o Bureau Político, os angolanos sabem que a única forma possível para se alcançar legitimamente o poder político em Angola é por via das eleições e acusa mesmo a Frente Patriótica da oposição de querer iludir os cidadãos e incitar os angolanos à rebelião e à desobediência às instituições legítimas, com a narrativa de que o MPLA perdeu legitimidade para governar.
Entretanto, as reações não se fizeram esperar.
Marcolino Moco, que já ocupou os cargos de primeiro-ministro e de secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é de opinião contrária.
Na sua página no Facebook, o político bastante interventivo, disse que se alegra que partidos e entidades políticas angolanas se juntem num projecto político que, aparentemente, não tem pressa em se costurar, para puder ganhar uma melhor sustentabilidade.
Se para os seus correligionários do MPLA a Frente Patriótica da oposição não tem outro objectivo senão iludir os cidadãos por não ter um projecto credível para alternância ao maioritário, para o antigo Primeiro Ministro do governo do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, o facto da sua criação ter acontecido na sequência duma afirmação que considera muito acertada, de um dos seus impulsionadores, no caso, Adalberto da Costa Júnior, líder do actual maior partido da oposição, bastante ostracizado pela mídia pública, num claro sinal de “cabala política” resultante de uma estratégia bem definida pelos seus mais directos opositores políticos,
“os problemas que Angola enfrenta não serão resolvidas por nenhum partido político, de forma isolada”. Defendeu o politico nas redes sociais
A deputada da UNITA Mihaela Webba, também por via das redes sociais deixou uma mensagem curta para o MPLA, dizendo que, se o Bureau Político do MPLA perdesse o tempo que perde com Adalberto Costa Júnior a ajudar o seu líder a governar bem, Angola já teria água potável e energia eléctrica!!!