Economia

Morreu ex-presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita

Morreu Ibrahim Boubacar Keita, ex-presidente do Mali

Boubacar, foi eleito presidente do Mali em Setembro de 2013, mas acabou por ser destituído do poder na sequência de um golpe de estado, ocorrido em Agosto de 2020.

Familiares da vítima informaram a triste notícia da sua morte, relatando que Ibrahim Boubacar Keïta perdera a vida, na manhã de hoje, 16, às 9h, em sua residência.

Em setembro de 2021, médicos de Keita, como era conhecido, solicitaram que viajasse para os Emirados Árabes Unidos a fim de receber tratamento médico, por conta de um AVC, logo após resultados satisfatórios regressou ao país em Outubro.

De referir que IBK, se intitulava de esquerda, conheceu uma ascensão fulgurante durante a presidência de Alpha Oumar Konaté em 1992 a 2002, sendo este, o primeiro presidente da era democrática no Mali.

Boubacar Keita, foi primeiro-ministro de 1994 a 2000.

Chegou na sede da presidência maliana em Bamaco, Setembro de 2013.

Foi reeleito em 2018, onde por sua vez disputou contra Soulaïla Cissé, na altura líder da oposição, falecido em Dezembro de 2020 vítima de Covid-19.

Após o inicio do seu segundo mandato, Ibrahim Boubacar Keïta foi deposto por outro golpe de Estado devido luta que enfrentava com os insurgentes jihadista bem como a sua incapacidade em reverter as dificuldades da economia do país.

O golpe que deu origem ao seu deposto em Agosto de 2020, possibilitou um outro golpe de estado em Maio de 2021.

No entanto, a junta liderada pelo coronel Assimi Goita, deixou clara a pretensão de dirigir o país durante vários anos, quando antes, comprometeu-se em organizar as eleições presidências e legislativas a 27 de Fevereiro com o intuito de devolver o poder aos civis.

De recordar que o Mali, enfrenta uma crise de segurança desde 2012 em resultado da emergência de vários grupos ‘jihadistas’ afiliados à Al-Qaeda ou ao Estado Islâmico, que aproveitaram as debilidades do Estado maliano para se instalarem no terreno, alargando a área da presença em toda a região do Sahel, e há semanas que enfrenta duras sanções da CEDEAO.

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