Ministro do Interior pede inquérito sobre a morte dos policias e garante apoio às famílias enlutadas
De acordo com uma publicação partilhada na página do Facebook do Ministério do Interior, Eugénio Laborinho convocou hoje as mais altas chefias policiais de Angola para fazer um balanço da passagem do ano e analisar o incidente para evitar a repetição de casos como o duplo homicídio seguido de suicídio que envolveu três polícias.
No dia 01 de Janeiro, por volta das 06:00, um polícia matou dois colegas e suicidou-se em seguida, devido a um suposto desaparecimento de uma pistola.
Na reunião, Eugénio Laborinho chamou a atenção dos responsáveis das unidades policiais para os cuidados a ter no processo de selecção e recrutamento, que deve ser “apurado e rigoroso”, devendo os candidatos ser sujeitos a testes psicológicos, procedimento que deve ser “permanente, especialmente, nas unidades onde estiverem a exercer as suas funções”.
O ministro deu também orientações à Inspecção Geral do ministério do Interior e ao Serviço de Investigação Criminal para realizarem “uma profunda averiguação e investigação sobre as causas desta ocorrência, no sentido de se aferir se existem outros culpados, ainda que seja a título de negligência ou omissão”.
Eugénio Laborinho anunciou igualmente a criação de uma comissão para prestar o apoio necessário às famílias enlutadas, incluindo as exéquias fúnebres e a prestação da pensão pós-morte.
Ouvido à respeito pela Camunda News, o jornalista e psicólogo Fernando Guelengue disse que a Polícia Nacional deve dar assistência psicológica aos seus efectivos para que casos dessa natureza não voltem a ocorrer, na medida em que, acabam por gerar sempre um clima de insegurança na sociedade.