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A declaração do antigo dirigente e primeiro-ministro entre 1992 e 1996, foi feita durante o tempo de antena da UNITA, em que considerou ser este “um momento para mudar de vida”.
É “uma grande oportunidade para criarmos finalmente um Estado que seja de inclusão”, salientou, afirmando que este é o projecto de Adalberto da Costa Junior e que coincide com a sua visão de um Estado inclusivo “em que as pessoas não valem pelo cartão que têm”.
“Estamos perante uma grande oportunidade, até por que Adalberto promete pôr de lado a época da caça às bruxas e reunir o país, com tudo o que tem de bom e menos bom, para começar um novo dia. Daí a minha declaração muito forte a favor do projeto de Adalberto, da UNITA, FPU [Frente Patriótica Unida], um projecto que nos vai dar oportunidade de mudar as coisas que têm andado muito mal desde 1975 por causa do caráter unilateral do funcionamento do Estado”, disse no tempo de antena do número três no boletim de voto.
Em Setembro de 2018, altura em que João Lourenço cumpria o primeiro ano do seu mandato, Marcolino Moço afirmava que o Presidente João Lourenço estava a dar “sinais muito positivos”, nomeadamente com a abertura da comunicação social, mas progressivamente, tornou-se crítico ou muito crítico da governação de João Lourenço, distanciando-se cada vez mais dos seus antigos camaradas, dissidência profunda que vinha do tempo em que José Eduardo dos Santos liderada o partido e o país, e depois de um breve intervalo – foi histórico o momento em que Ana Dias Lourenço lhe colocou, num acto da campanha eleitoral, o cachecol do partido ao pescoço – Moco voltou ao sentido crítico de sempre, defraudadas que foram as suas expectativas de um novo ciclo de poder.
E foi-se mostrando desiludido com vários aspectos da governação como a violência policial, violação dos direitos humanos e as contradições no combate à corrupção, críticas que terão desagrado ao chefe do Executivo angolano e que culminaram com o seu afastamento do cargo de administrador não executivo da Sonangol, de que ficou a saber através da televisão.
A UNITA aposta na alternância apresentando uma lista em que integra elementos da sociedade civil e de outras forças políticas, incluindo ex-militantes do MPLA, no que tem designado como Frente Patriótica Unida.