Cultura

“Madeleine à Paris”: O Filme que Relata a Jornada de um Artista Brasileiro em Terras Francesas

O filme “Madeleine à Paris” traz a história fascinante de Robertinho, um artista baiano queer, andrógino, negro e ligado ao Candomblé, cuja arte encanta Paris há décadas. No Festival do Cinema Brasileiro em Bordeaux, o filme encerrou suas exibições no dia 2 de junho, destacando-se como uma obra única que retrata a vida e as realizações de um imigrante latino na Europa.

Idealizado pelo pianista brasileiro e vencedor de dois Grammys, Fábio Torres, o projeto “Madeleine à Paris” reúne a excelência da Orquestra de Câmara de Havana, sob a regência da maestrina cubana Daiana Garcia, e talentosos músicos paulistanos liderados pelo contrabaixista Pedro Gadelha, spalla da Osesp. Com um elenco composto por seis integrantes da orquestra cubana e sete músicos brasileiros, o filme celebra a diversidade musical em uma apresentação que promete emocionar.

A trama do filme tece as raízes transculturais da jornada de Robertinho, oferecendo um retrato autêntico de sua vida entre luzes, cores e plumas. Mais do que um espetáculo, “Madeleine à Paris” é um ato de resistência que destaca as conquistas e os desafios enfrentados por um artista imigrante.

A produção cinematográfica mergulha na vida de Robertinho, desde sua chegada a Paris até sua consagração como idealizador da “Lavagem de Madeleine”, uma das tradições afro-brasileiras mais importantes na Europa. O evento, que acontece há mais de duas décadas, simboliza a riqueza cultural brasileira e reúne milhares de pessoas anualmente.

Dirigido por Liliane Mutti, o filme “Madeleine à Paris” é um verdadeiro road movie afro-queer que explora as conexões entre Paris e Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Ao mostrar a jornada de Robertinho entre esses dois mundos aparentemente distintos, o filme revela as nuances da identidade do artista e a força da arte em romper fronteiras.

“Madeleine à Paris” está programado para chegar aos cinemas brasileiros ainda este ano, com distribuição da Bretz Filmes. Produzido pela Toca Filmes, em associação com François Combin (Urubu Filmes) na França, o filme promete emocionar e inspirar o público com sua narrativa envolvente e visualmente deslumbrante.

3.5

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