Por solicitação de Angola em “Carta Rogatória” o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) de Portugal realizou inúmeras investigações com vista a apurar a dimensão da fortuna que ‘ricos’ angolanos, obviamente pessoas politicamente expostas, detêm em Portugal.
E segundo o Correio da Manhã na sua edição de hoje (26.04), o Departamento Central de Investigação e Ação Penal português acaba de fazer chegar o resultado das investigações à Procuradoria-Geral da República angolana. O relatório traz à tona os bens de Isabel dos Santos como detentora de participações na NOS, na Galp e Efacec, esta última foi nacionalizada pelo governo português em 2020.
Além de Isabel dos Santos, o relatório cita igualmente outros filhos do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, como Weliwítschia (Tchizé) dos Santos, bem como José Filomeno dos Santos, ex-Presidente do Conselho de Administração do Fundo Soberano.
Fazem também parte da lista fornecida pela justiça portuguesa, o antigo chefe da Casa Militar de Angola, Manuel Hélder Vieira Dias e o antigo chefe das secretas angolanas, Leopoldino Fragoso do Nascimento.
No entanto, o relatório não detalha os bens que o antigo-vice-Presidente da República de Angola, Manuel Domingos Vicente, e o empresário Álvaro Sobrinho detêm em Portugal.
A não investigação a estas figuras por parte da justiça portuguesa não resultou da vontade de Lisboa. Manuel Vicente e Álvaro Sobrinho, que entre vários activos em Portugal, destaca-se os 30% de participação no Sporting Clube de Portugal, não foram objecto de investigação porque não foi essa vontade manifestada pela Procuradoria-Geral de Angola, aquando do pedido das investigações.