Economia

Iraniano é acusado de conspiração para assassinar John Bolton

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O Departamento de Justiça acusou um membro da Guarda Revolucionária do Irão de conspiração para assassinar o ex-conselheiro de Segurança Nacional de Trump, John Bolton, acusando-o de tentar pagar 300 mil dólares para que Bolton fosse assassinado em Washington ou no Maryland.

O suspeito, Shahram Poursafi, de 45 anos, continua foragido, disse o Departamento de Justiça.

Se for encontrado e condenado, enfrentará até 10 anos de prisão e multa de até 250 mil dólares pela contratação dos assassinos e até 15 anos de prisão e uma multa de outros 250 mil dólares por fornecer apoio para um assassinato transnacional.

Autoridades federais disseram que a tentativa de assassinato de Bolton teria sido uma retaliação pelo assassinato do general Qasem Soleimani, alegadamente pelos Estados Unidos. O general Soleimani, assassinado em Janeiro de 2020, era um importante comandante da Guarda Revolucionária do Irão, a guarda pretoriana do regime dos aiatólas.

Soleimani foi morto através de um ataque por drone em Bagdad.

Bolton foi conselheiro de Segurança Nacional durante 17 meses e acabou por renunciar ao cargo, justamente, por discordar da política externa do então presidente dos Estados Unidos, nomeadamente, sobre a suspensão de sanções contra o Irão.

Bolton, que não queria que as sanções fossem suspensas, foi o principal arquitecto da campanha de “pressão máxima” da administração Trump de escalar sanções económicas e ameaças de retaliação ao suposto apoio do Irão ao terrorismo. Há ainda sobre os norte-americanos a pressão de Israel que têm acusados dos Estados Unidos de estarem distraídos enquanto o Irão se transforma numa potência nuclear.

O assessor de Donald Trump considerava que se devia paralisar a economia iraniana ao ponto dos seus líderes sentirem a necessidade de negociar.

“Embora não possa ser dito publicamente agora, um ponto é indiscutível: os governantes do Irão são mentirosos, terroristas e inimigos dos Estados Unidos”, disse Bolton, em comunicado, quando se ficou a saber da acusação contra um cidadão iraniano que o tentou matar.

“Seus objetivos radicais e antiamericanos permanecem inalterados; seus compromissos são inúteis; e sua ameaça global está a crescer”, acrescentou o antigo conselheiro de Segurança dos Estados Unidos.

Bolton sempre foi visto como um “falcão”, apoiou a invasão do Iraque, em 2003. Após a presidência de Bush, Bolton trabalhou colaborou um think tank de direita, em Washington, com uma empresa global de private equity e foi colaborador da Fox News.

Bolton voltou a ser polémico quando disse, numa entrevista à CNN, que o ataque de 6 de Janeiro de 2021, ao Capitólio não foi um golpe, porque para ser um golpe, e ele que ajudou a preparar alguns, sabia que tinha de ter havido mais trabalho.

Mas sobre os golpes que ajudou a preparar fora dos Estados Unidos, Bolton não deu detalhes.

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