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Hospital Geral do Moxico com taxa elevada de mortes

Hospital Geral do Moxico com taxa elevada de mortes

Os técnicos apontam falta de informação e tradição como causas do aumento de mortes, o que leva aquela unidade hospitalar a registar 110 mortes, só no segundo trimestre deste ano.

A coordenadora da Comissão de Gestão do hospital, Celma José, alega que os óbitos acontecem, porque as pessoas tardam a ir para as unidades de saúde, acabando por morrer de doenças que poderiam ser facilmente tratadas no hospital.

“As pessoas perdem a vida, porque chegaram tarde à unidade sanitária”, alegou a coordenadora.

Por sua vez, Josefina António, técnica de enfermagem, falando em torno desta mesma situação, afirmou que a “falta de informação e o tradicionalismo” fazem com que as pessoas vão com atraso às unidades de saúde.

Por outro lado, os cidadãos da província queixam-se do mau atendimento hospitalar, como sendo uma das principais reclamações que acaba por ter ligação com às restrições impostas pela pandemia da Covid-19.

Parentes dos internados encontram enormes dificuldades, para ter acesso ao hospital com o intuito de acompanhar e apoiar os seus familiares. Há quem relate que há tratamento diferenciado para determinados pacientes.

Octávio Vidal diz que os estrangeiros são tratados com rapidez e cuidado. Já o atendimento para os locais, relata o cidadão, é feito com descaso.

“O atendimento deste hospital do Luena não está nada bom. O povo está totalmente frustrado”, disse ele.

De referir que entre as principais causas de morte estão associadas a malária, diarreia, insuficiência renal, doenças respiratórias e diabetes.

O Hospital Geral do Moxico dispõe 300 camas, atende mais de 4.000 pacientes por semana, conta com um corpo clínico composto por 40 médicos e 218 enfermeiros, entre os quias nacionais e estrangeiros, número esse considerado insuficiente para atender a demanda.

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