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Um grupo de 15 especialistas, dos Estados Unidos, Portugal, Botswana, Moçambique, Maláui, Namíbia, Lesotho e Etiópia, e, ainda, da África do Sul, Zimbabue, Tanzânia e Quénia, chegam a Luanda, esta quinta-feira, 23 de Junho, no que é uma iniciativa no quadro da avaliação mútua a que Angola tem vindo a ser submetida.
A avaliação “in loco” vai decorrer entre os dias 27 de Junho e 15 de Julho, com base num documento de cerca de 500 páginas com resposta sobre o sistema financeiro do país.
O pivot desta acção será a Unidade de Informação Financeira (UIF), mas os encontros vão acontecer com representantes de várias instituições, incluindo órgãos supervisores e reguladores do sistema financeiro angolano.
Envolvidos estão o Banco Nacional de Angola (BNA), a Comissão do Mercado de Capitais (CMC), a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), a Administração Geral Tributária (PGR), o Serviço de Investigação Criminal (SIC) e a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O processo de avaliação mútua de Angola pelo Sistema de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais, Financiamento ao Terrorismo e Proliferação de Armas de destruição em Massa, iniciou-se, como já escrevemos em Outubro de 2021 e vai prolongar-se até final de Março, início de Abril de 2023.
O relatório final vai permitir que Angola identifique as deficiências do seu sistema financeiro, ao mesmo tempo que indicará propostas e soluções.
Em 2010, Angola foi incluída na chamada “lista negra”, como jurisdição não cooperante também devido às fragilidades do seu sistema financeiro.
Em 2016 entrou na “lista cinzenta” deixando de ser considerada jurisdição de alto risco, ainda assim, o impacto negativo mantém-se e o sistema financeiro nacional tem dificuldade em encontrar bancos correspondentes fora do sistema angolano.