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De acordo do secretário-geral do Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (Sinpes), Eduardo Peres Alberto, a assembleia de trabalhadores aprovou o regresso às aulas, que se encontravam paralisadas desde o dia 24 de Outubro passado, com 47 votos a favor e 13 contra.
Eduardo Peres Alberto referiu, em declarações à agência Lusa, que a deliberação dos trabalhadores será levada à entidade patronal, bem como à Assembleia Nacional e ao Presidente angolano.
“Estamos animados pelos fundamentos apresentados pelos professores, que conhecem bem a sua missão, e esperamos que o Governo desta vez resolva” disse o secretário-geral do Sinpes, realçando que os professores não são apologistas da greve.
O secretário-geral do Sinpes afirmou que ao contrário do que é afirmado, o sindicato não defende apenas melhoria salarial, mas também infra-estruturas condignas, fundos para a investigação e formação contínua.
“O salário condigno é fundamental para dignificar a vida do professor, tudo vai depender da boa vontade do titular do poder executivo, mas nós vamos depositar um voto de confiança ao Presidente da República”, realçou.
O sindicalista frisou que a partir de hoje “a greve está interpolada, os professores a partir de quinta-feira estarão nas salas de aulas”.
“Mas já que temos o Orçamento Geral do Estado a ser aprovado apenas este mês e entrará em execução em Janeiro, temos agendado uma ronda negocial na primeira quinzena, logo, como foi deliberado, se o Governo não resolver desta vez, nós no dia 27 de Fevereiro de 2023 retomaremos a greve por tempo indeterminado”, informou.
Nas negociações entre as partes, durante a greve, ficou a promessa de serem atendidos dois dos quatro fracturantes do caderno reivindicativo, nomeadamente fundos para a investigação científica e formação contínua dos docentes.
Relativamente aos pontos sobre salários e subsídio de saúde, a resposta a estas duas reclamações fica pendente, devendo ser submetido ao Titular do Poder Executivo.