Economia

Governo entrega mais oito tractores a cooperativas agrícolas de ex-militares

Lúcio do Amaral reagiu às reclamações das cooperativas dos ex-militares do município do Quipungo, que não beneficiaram dos oito tractores entregues, no último sábado, às cooperativas agrícolas de Caluquembe, Lubango, Humpata e Matala. A cerimónia de entrega decorreu no município do Quipungo e receberam os tractores, entregues pelo secretário de Estado da Acção Social, Lúcio do Amaral, acompanhado pela vice-governadora para o sector Político, Económico e Social, Maria João Chipalavela, as cooperativas 17-17, Rainha Ginga, 1º de Maio e Catepe Ndanda dos municípios acima referidos.Lúcio do Amaral reconheceu que a entrega dos tractores às quatro cooperativas foi “polémica”, mas desdramatizou a situação. “O que se passou, para nós, não é novidade, porque quando se fez a entrega de tractores nas províncias de Benguela, Huambo e Cuanza-Sul, foram também levantadas as mesmas questões”, referiu.O secretário de Estado da Acção Social esclareceu que o processo de entrega dos tractores prioriza as cooperativas agrícolas de ex-militares legalizadas e organizadas. “O processo não tem como base os municípios”, clarificou.Apelou a todos os presidentes das cooperativas a trabalharem em colaboração com as administrações municipais e as direcções provinciais para a sua legalização, no sentido de beneficiarem dos tractores. “A cooperativa que beneficia de tractor deve ter um presidente, ser reconhecida no Notário, ter conta bancária, para que possa ser financiada. Por isso, é preciso organização. Não podemos entregar os tractores e amanhã desaparecerem do nada”, defendeu.Lúcio do Amaral informou que, nesta altura, já foram entregues 50 tractores dos 500 previstos. “Só entregámos ainda 50 tractores a nível nacional e restam 450. Aquelas cooperativas que, até ao final do mês, apresentarem todos os documentos completos vão ser contempladas. Não precisamos guardar os tractores. A iniciativa é do Presidente da República para melhorar a qualidade de vida dos ex-militares, através da agricultura, mas, de forma mecanizada”, afirmou.O secretário de Estado da Acção Social acrescentou que foram criadas quatro escolas no país para a formação dos operadores e mecânicos para a assistência técnica aos tractores, no sentido de evitar estragos como acontecia no passado.”Os tractores devem servir os objectivos para os quais foram adquiridos. Os tractores são destinados às cooperativas organizadas”, reforçou.A vice-governadora da Huíla para o sector Político, Económico e Social, Maria João Chipalavela, exortou as cooperativas Kwata-Kwata, Kundi Paihama, Boi Grande, Katutula, Tchavonja, Chiyawila, 4 de Abril, Huíla Nawa, Tchitekulo, Ngangula, Kwatangó, Kuataomona Unge e Henda, a se legalizarem para receberem os tractores.”É preciso organizar a economia do país. Para o efeito, precisamos saber que quem recebe o tractor deve pagar imposto e identificar quem está a produzir”, frisou, enaltecendo o acompanhamento técnico do Fundo de Desenvolvimento Agrário no processo.É hora de produzir, trazer alimentos para melhorar o nosso estado nutricional e a arrecadação de receitas”, disse, acrescentando ser importante encarar, também, a agricultura como forma de garantir a Soberania Nacional e a Independência.

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