FMI diz que Angola merece um “crédito” para continuar com as reformas do país
Abebe Aemro Selassie, explicou que o programa de ajustamento financeiro começou, em 2018, e que ninguém contava com essa questão da pandemia e as terríveis consequências que teria, mas em termos das reformas de que o país precisava, Angola merece muito crédito por ter persistido apesar do terrível custo da pandemia no seu povo e na economia, incluindo a grande queda do petróleo do último ano e meio”.
“Angola implementou políticas de reformas e esforços mesmo diante das suas dificuldades, reajuste esse, que brevemente serão satisfatórios para os angolanos”. disse Abebe Aemro Selassie, director do FMI a Lusa, após ter sido questionado sobre a razão de Angola manter uma recessão pelo sexto ano consecutivo.
No final da apresentação do relatório sobre as Perspetivas Económicas para a África subsaariana, Selassie, salientou que “apesar deste choque monumental, as autoridades angolanas perseveraram nas reformas e estão a conseguir ultrapassar as dificuldades, dando passos significativos para reduzir os desequilíbrios macroeconómicos e posicionar o país para beneficiar da recuperação do preço do petróleo”, a maior fonte de receitas do país.
Porém, o crescimento continua fraco, sendo que a terceira vaga foi particularmente severa, e não antecipámos isso na nossa previsão, por esse motivo nos vimos diante de um crescimento baixo, reafirmou Selassie, afirmando que “se a pandemia se desvanecer e a recuperação económica mundial continuar, o FMI está muito, muito confiante que Angola vai beneficiar dos frutos de todas as reformas que fez nos últimos dois anos, incluindo na melhoria da transparência das gestão das finanças públicas, e no setor financeiro”.