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Figuras relevantes do eduardismo assumem protagonismo, depois de João Martins é a vez Ângela Bragança

Ângela Bragança, ex-ministro do Governo de João Lourenço e ex-secretária de Estado de um governo de José Eduardo dos Santos

A antiga ministra de Hotelaria e Turismo do Governo de João Lourenço, exonerada pelo Presidente da República, mas que, entretanto, garantiu uma posição nos lugares da frente das listas do MPLA às Eleições Gerais de 2022, reagiu ao documento crítico e com inúmeras críticas ao Governo angolano, elaborado por três senadores democratas do Capitólio, em Washington.

O documento a que a Camunda News deu eco aqui e aqui é feita uma análise do país em vésperas de mais umas Eleições Gerais no país, que elegem o presidente, vice-presidente e os 230 deputados à Assembleia Nacional, sendo que o presidente da República é o cabeça-de-lista do partido mais votado e o vice-presidente o seu número dois.

Ângela Bragança, oriundas de uma das chamadas famílias políticas angolanas e que foi secretária de Estado das Relações Exteriores num governo liderado por José Eduardo dos Santos, e que, por isso mesmo, representou Angola em vários organismos multilaterais, disse: “Sinceramente quando vejo o tempo que perdemos com esses “as posições dos americanos e tantos outros”, interrogo-me: foram eles que nos “deram” a independência? A defesa da nossa soberania e da integridade territorial? A paz efectiva? O apoio à reconstrução nacional? etc, etc, etc? Vi há dias que “batemos palmas” com o que “disse” o embaixador americano”, (numa referência aos elogios recentes do também recente embaixador dos Estados Unidos em Angola, Tulinabo S. Mushingi, que disse que apesar de estar no país, “mas posso dizer que só não vê quem não quer ver, porque há uma diferença, que se pode sentir”).

Ângela Bragança desvaloriza o elogio e prossegue: “Não tenhamos ilusões porque a nossa história mostra quem teve de se “bater” para que tudo o que acima referi e o que o nosso povo teve de suportar e quem sempre esteve do nosso lado”, diz sem ser clara, percebe-se que não foram os norte-americanos que estiveram ao lado do MPLA, que, na perspectiva dos seus, é quem tem feito a “nossa história”.

E Bragança adianta: “De que lado estiveram “esses moralistas”, não é uma questão porque Ângela Bragança tem a resposta. E “a resposta é esta: foquemos- nos no nosso trabalho de mobilização e de organizar da nossa participação, ordeira, atenta e assertiva no processo ( mobilizar os Cabos Eleitorais, formar os Delegados de Lista e intensificar o trabalho porta a porta); cerrar fileiras em torno da nossa Bandeira e do nosso candidato, camarada João Lourenço”.

Recuperando o tom belicoso do MPLA, acrescenta: “Ao adversário nem um palmo terra, trabalhando para que todo o espaço nacional acredite nas nossas posições, nos nossos argumentos, nas nossas políticas”, e para isso é necessário que “divulguemos o nosso Programa e o Manifesto Eleitoral onde estão as nossas apostas para a continuidade no próximo mandato para o que precisamos da vitória (e expressiva) do nosso Partido e do nosso candidato”.

Termina a dizer: “É nisso que devemos consumir o nosso tempo, que já é certo. MPLA – Paz e Desenvolvimento”.

Depois de João “Jú” Martins é vez de Ângela Bragança, duas figuras históricas do MPLA e do eduardismo, virem a terreiro defender o partido e o líder, para quem pedem uma “vitória expressiva”.C

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