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EXTRADITADO DE PORTUGAL

O antigo Presidente do Conselho de Administração da Empresa de Transportes Colectivo e Urbano de Luanda, Abel Cosme, já se encontra detido em Luanda, depois de ter sido extraditado por Portugal.

Abel Cosme era procurado pela justiça angolana desde que fugiu para terras lusas, em 2018, alegadamente para se tratar de problemas cardíacos.

Constituído arguido pela Procuradoria-Geral da República, num processo relacionado com desvio de fundos, suspeita da prática de branqueamento de capitais, corrupção, peculato e associação criminosa, o ex-PCA da TCUL, e antigo director-geral da UNICARGAS, desembarcou esta terça-feira, 21 de Setembro, na Base Área Militar, em Luanda, sob fortes medidas de segurança, num jacto privado, onde foi detido pelas autoridades judiciais angolanas e de onde saiu escoltado até a prisão, por três viaturas dos serviços prisionais.

No aeroporto, os militares destacados salientaram o facto de não terem qualquer autorização afim de permitir aos profissionais da imprensa de realizarem o seu trabalho no momento em que a aeronave aterrou.

Abel António Cosme está envolvido no caso que ficou mediaticamente conhecido por “Caso CNC”, ligado ao Conselho Nacional de Carregadores, e deveria ter sido julgado em 2019 no mesmo processo que condenou o ex-ministro dos transportes, Augusto Tomás, mas acabou por fugir para Portugal.

As acusações estão ligadas à sua gestão na Unicargas E.P, através da qual terá constituído uma empresa privada de serviço de táxi.

Acabou por ser detido pelas autoridades portuguesas em Janeiro deste ano depois do seu nome aparecer no “alerta vermelho” da Interpol.

Porém, a pedido das autoridades angolanas, o Supremo Tribunal de Justiça de Portugal, extraditou-o para Angola, no quadro da Convenção assinada entre os Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Entretanto, segundo algumas fontes da Camunda News no serviço penitenciário, Abel Cosme ainda não está detido nas selas dos serviços prisionais, estando neste momento ao cuidado da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal, um órgão adstrito a Procuradoria Geral da República.

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