Economia

DA TENTATIVA DE RETROCEDER O AVANÇO CHINÊS – Amilton da Gama

A República Popular da China constituí – se hoje na maior ameaça para os Estados Unidos da América (EUA), assim como, para o Ocidente no seu todo.

Isso justifica – se por ser o Estado com a maior probabilidade de num futuro não muito distante, vir a emergir à “nova ordem mundial”, como ainda, por ser desde o ponto de vista económico aquela potência que permite que exista o “chek and balance” no sistema internacional e como se disse num outro momento, tem conquistado cada vez mais espaço de influência desde o ponto de vista da geopolítica com maior realce para o continente africano.

Ora, mesmo não sendo um país democrático, comparativamente ao ocidente, tem a vantagem de ter o modelo económico de mercado livre, que o permite avançar desde o ponto de vista do comércio e expandir o seu poder na arena internacional, por ser daquela potência que ao investir ou ao financiar um projecto em uma determinada República, excluí – se de influenciar os assuntos internos da mesma, e de determinar unilateralmente as normas de financiamento como faz por regra o Ocidente, ou seja, para além de não exigir que a equipe de fiscalização seja composta pelos técnicos provenientes do seu território, a fim de manter a transparência do propósito pelo qual se investiu, também não exige que o país beneficiado adira ao programa de democratização Estatal.

Dito de outro modo, se o financiamento for para um Estado de regime não democrático, não o obrigam antes mesmo da recepção do capital económico que comece a tomar medidas de austeridade – rumo a democracia plena.

Uma outra vantagem, é a de que até aos nossos dias, a “Casa Branca” ainda não conseguiu impor à democracia ao governo Chinês, como foi ocorrendo com os outros países da Europa do Leste no fim da Segunda Guerra Mundial e de África no período da Guerra Fria (KISSINGER), fazendo com que se acredite que o regime político capaz de tornar uma Nação próspera – desenvolvida e que garanta o bem – estar do seu povo é o regime político democrático. Perspectiva contrariada pelo próprio regime da República Chinesa, de Singapura e dos Emirados Árabes Unidos por exemplo.

Menos dias ou mais, torna – se evidente que estamos perante a uma “guerra”, aquela que eu considero como sendo, não só entre os EUA e a China, mas, agora, entre o Ocidente (Inglaterra, França, Alemanha) e a China. Onde, repito o que tiverá dito num outro texto, a “COVID19” surge como a nova “arma biológica” com fim último de desestabilizar a economia global, causando danos maiores à económia Chinesa.

Portanto, com a República Popular da China a surpreender o mundo com o controle da pandemia, reduzindo consideravelmente o número de mortalidade em relação a alguns Estados da Europa e dos EUA, surgem ameaças vindas do Presidente Donald J. Trump “acusando Pequim de esconder a gravidade da pandemia”, com o mais agravante, “suspendendo a contribuição financeira do seu país para o funcionamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) por essa estar a alinhar com as posições Chinesas”, o que eu considero como sendo uma tentativa de redução do avanço chinês, para depois os responsabilizar pela origem do vírus e por esse ter originado consequências devastadoras à nível de vidas humanas, em seguida, sancionando – os com medidas ou restrições económicas mais graves que aquelas que foram aplicadas à República Islâmica do Irão.

Quem não ficou de fora da linha de pensamento do Presidente Trump, embora com certa moderação no seu discurso, foram: o Presidente francês Emmanuel Macron, o Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico Dominic Raab e, posteriormente a Chanceler alemã Angela Merkel, essa última, apelando ao governo Chinês para “ser transparente na explicação relativamente sobre a génese do novo coronavírus”.

Motivo pelo qual eu digo acima que estamos diante de uma nova “guerra” entre o Ocidente e a China. Pois que numa altura como essa, esses países não tinham como ficar indiferente daquele que os protege, e os fez privilegiados na qualidade de membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e principalmente, por serem os países mais infectados, com índice elevado de mortalidade.

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