Responsáveis dos dois países participaram esta manhã numa conversa telefónica, segundo confirmou o Ministério sul-coreano da unificação num comunicado no qual considerou que “com a restauração da linha de comunicação Sul-Norte, uma base para o retorno das relações inter-coreanas foi lançada”. Ao referir ter a esperança de “retomar o diálogo rapidamente e iniciar discussões práticas para o restabelecimento dessas relações”, Seul confirmou que as comunicações militares entre os dois países também foram retomadas.
Esta reaproximação entre os dois países que tecnicamente continuam em guerra desde os anos 50, acontece pouco depois da agência noticiosa oficial de Pyongyang dar conta da intenção do líder norte-coreano de “restabelecer os canais de comunicação cortados entre o Norte e o Sul”, no intuito de favorecer uma “paz duradoura” na península.
O reatar dos contactos entre as duas Coreias, interpretado por alguns analistas como sendo um gesto meramente “simbólico”, acontece depois de dois meses de silêncio durante os quais Kim Jon Un mandou efectuar uma série de tiros de mísseis, o último dos quais no final da semana passada, o que levou a uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
A Coreia do Norte que ainda na semana passada rejeitou uma proposta de conversações com Washington, por estimar que se tratava apenas de um “subterfúgio”, também considerou ontem que os membros do conselho de segurança “andavam a brincar com uma bomba-relógio”.
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