Os estudantes, alguns dos quais adolescentes, denunciam agressões da Polícia de Intervenção Rápida e exigem a devolução de seus bens como telemóveis, mochilas, batas e valores monetários, que segundo o líder do Movimento dos Estudantes Angolanos, Francisco Teixeira, a polícia recebeu aos manifestantes durante a marcha de sábado.
Falando à CamundaNews, o líder do MEA contou que os participantes da marcha foram agredidos junto ao Ministério da Educação, local indicado pelo Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional para a manifestação, caso que deixa o presidente do MEA perplexo.
“Nós quando reunimos com a polícia, na quarta-feira, assinamos uma acta com a Polícia Nacional que nos autorizava a manifestar em frente ao Ministério da Educação, não entendo porque razão a polícia nos agrediu. Os agentes da polícia roubaram, durante a manifestação, mais de 20 telefones, 50 mil kwanzas, além de, indecorosamente, terem apalpado nos seios e órgãos genitais das meninas”, referiu Francisco Teixeira
O responsável afirmou ainda que além de apresentar uma queixa-crime contra o comandante provincial da policia em Luanda, a sua organização vai levar os factos ao conhecimento da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, da União Europeia, bem como da Amnistia Internacional, com vista a pressionar a devolução de seus bens desaparecidos no dia da manifestação.
Entretanto, Francisco Teixeira aproveitou também a ocasião para contrariar as alegações de suposta agressão impingida ao Presidente do Conselho Nacional da Juventude, Isaías Kalunga, sublinhando que parte dos integrantes do MEA pertencem ao CNJ e que não fazia sentido ser os próprios membros a agredirem o presidente da organização a que pertencem.
“Ele não foi agredido, há um grupo de estudantes que se sentiu insatisfeito com a presença dele no local. Porque razão não sei, vamos apurar as reais causas. Mas já falamos com ele e está ultrapassado. Lamentamos o sucedido”, frisou.
CamundaNews