Enfrentamos hoje um problema de saúde pública – a Covid-19, e todas as áreas do saber, não apenas a classe médica, são convidadas a darem o seu contributo para minimizar os impactos que esta possa causar no nosso país.
São aqui chamados os especialistas em Matemática e Estatística, de modo a se poder gerar dados e com estes poder prever os níveis de contágio, classificar as regiões e populações em grupos de riscos e ajudar o governo a capitalizar mais recursos profiláticos para estas regiões. Também aqui chamados os especialistas em Química ou Bioquímica, para produção de produtos químicos como álcool gel, sabão, entre outros itens essenciais para a prevenção.
Aos engenheiros das mais diversas áreas, a criação de Robots para dar suporte à classe médica, ajudando na entrega de alimentos e medicamentos aos pacientes de Covid-19, criando assim o isolamento importante entre os profissionais de saúde e os pacientes. O desenvolvimento de drones com tarefas especificas de fazer a desinfestação de áreas contaminadas, fazer o transporte de pequenas cargas medicamentosas e de suporte médico para locais de difícil acesso, inspecção térmica às pessoas, para identificar possíveis suspeitos de Covid-19.
Aos engenheiros informáticos, é lançado o desafio de criação de softwares para gestão de casos activos, criação de aplicativos para identificação e denúncia de casos suspeitos, softwares informativos sobre como se prevenir do vírus e muito mais.
Na Automação são convocados os engenheiros para a criação de portas automáticas, para evitar o contacto das pessoas através da maçaneta das portas. Automatização de depósitos e torneiras d´águas de uso público, evitando a recontaminação ao se tocar nas mesmas após a lavagem das mãos.
A criação de ventiladores que é praticamente o elemento de maior valor financeiro no combate ao Covid-19, utilizado em casos de pacientes em estado grave. Engenheiros de países como o Senegal, criaram os seus próprios ventiladores a custos 200 vezes mais baratos do que os importados e estão a ser usados em vários pacientes naquele país. Cá em Angola, iniciativas do género já foram divulgadas, mas até ao momento, não se sabe se essas iniciativas estão a ser apoiadas.
A prevenção contra o Covid-19 é fundamental. É necessário que sejam cabimentados inúmeros meios para evitar a propagação da doença. Entretanto, não basta apenas recursos financeiros nem a intervenção do estado. Importa que todos nós assumamos de que se trata de um problema público e cuja solução deve ser pública.
Acima foram apresentados alguns exemplos de como diversas áreas do saber podem contribuir nesse combate. Com certeza existem outros muitos exemplos que poderiam ser citados, por isso, apelamos aos variados profissionais que se envolvam nessa luta ao mesmo tempo que, apela-se ao estado a valorização das diversas iniciativas que têm surgido.