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Cimeira em Luanda para tentar travar conflito no Leste da República Democrática do Congo

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O Presidente João Lourenço convidou os seus homólogos da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, e do Ruanda, Paul Kagame, para um encontro nesta quarta-feira em Luanda, com o objectivo de abordar a tensão no leste da RDC, concretamente, os combates entre o exército congolês e o Movimento 23 de Março, (M23), numa altura em que Kagame já pediu ao grupo rebelde um cessar-fogo.

Está também presente, e a convite de João Lourenço, o ex-Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, que trabalha como mediador para o conflito da Comunidade África Oriental (EAC).

O encontro tem, entre os seus principais objectivos, a aprovação de um Plano de Acção para a Paz na RDC e a resolução de disputas diplomáticas entre Kinshasa e Kigali, que estiveram no centro de vários conflitos nos últimos meses em torno da situação no Leste da RDC.

O Presidente João Lourenço realizou recentemente uma visita à RDC e ao Ruanda para se encontrar com os seus homólogos, no âmbito dos esforços de mediação liderados por Luanda, que se juntam aos trabalhos da EAC – que com o Presidente João Lourenço representam os mediadores da União Africana – para procurar uma solução para a situação e restabelecer relações de boa vizinhança entre os dois países.

Nas últimas semanas, o Quénia enviou militares para a província do Norte-Kivu (Leste), no âmbito de uma missão da EAC para tentar combater os rebeldes. Em breve, devem juntar-se a este contingente soldados do Uganda, de acordo com Kampala.

O M23 é acusado de levar a cabo ataques contra posições do Exército da RDC no Norte-Kivu desde Novembro do ano passado, sete anos depois de ter sido alcançada uma trégua, mas a partir de Março deste ano os confrontos voltaram a recrudescer.

Os especialistas das Nações Unidas acusam o Uganda e o Ruanda de apoiarem os rebeldes, embora ambos os países neguem qualquer envolvimento.

O conflito gerou uma crise diplomática entre a RDC e o Ruanda, país acusado por Kinshasa de apoiar o M23, embora Kigali rejeite estas afirmações e acuse o seu vizinho por alegado apoio ao movimento rebelde das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR).

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