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Chuvas em Luanda causaram a morte a dois menores nas últimas 48 horas

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De acordo com o porta-voz do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros de Luanda, Faustino Minguêns, as chuvas deixaram 238 habitações inundadas, cinco casas destruídas, 243 famílias afectadas, num total de 1.215 pessoas.

O responsável realçou que morreram dois menores, de sete e 14 anos, e ficou ferida uma pessoa, de 28 anos, sendo todas as vítimas do município do Cazenga.

O porta-voz dos bombeiros informou que a criança de sete anos morreu na sequência da queda de um embondeiro sobre a residência em que habitava, que deixou ferida outra pessoa, de 28 anos, sendo ambos membros da mesma família.

“A vítima acabou por perder a vida no hospital, tivemos igualmente uma remoção de cadáver de um menor do interior de uma vala de drenagem, no município do Cazenga”, disse.

Sobre a outra morte, trata-se de um menor de 14 anos que caiu para dentro de uma vala de drenagem.

O director da Engenium, empresa responsável pela obra, Júlio Martins, disse que a companhia está solidária com a família, garantindo ajuda.

“Vamos criar uma forma de ajudar também a família enlutada durante esta semana e já estamos a criar mecanismos de segurança para a obra, para evitar que aconteça uma tragédia deste tipo outra vez”, referiu Júlio Martins.

O responsável destacou que vai continuar a chover nos próximos meses, o que deverá criar muitos constrangimentos, sendo as obras um deles.

“A zona onde se deu a tragédia estava perfeitamente vedada, mas sabemos que com crianças é complicado gerir. Por isso aproveito também esta oportunidade para apelar aos pais e familiares que redobrem atenção, é muito importante porque nesta fase enquanto os buracos não estiverem tapados, vamos ter sempre este tipo de constrangimento”, acrescentou.

O balanço das chuvas aponta também para dois deslizamentos de terra, progressão de ravinas, ruas alagadas, criando dificuldades de mobilidade de pessoas e viaturas, e o aumento do nível de água em algumas bacias de retenção.

Faustino Minguêns fez também um apelo aos pais, no sentido de redobrarem as atenções junto das crianças, não permitindo que as mesmas brinquem nos espaços onde se verifica o aumento do nível de água.

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