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Muitos dos candidatos à Universidade Agostinho Neto (UAN) estão insatisfeitos com os resultados obtidos nos exames de admissão e consideram que as máquinas de correcção automáticas das provas não estão em condições. UAN desdramatiza a situação e diz que os candidatos não preencheram convenientemente as folhas de provas.
Os candidatos descrevem de que tiveram um bom desempenho na fase dos exames de acesso, mas que se surpreenderam com as notas negativas que o sistema automático de correcção os terá atribuídos, na análise às provas em formato “americano”, de escolha de resposta múltipla, escreve o Novo Jornal que ouviu os candidatos.
Matias dos Santos e Venâncio Manuel Adão, dois candidatos à UAN, contaram que a máquina de correcção automática da prova lhes teria atribuído 2 e 3 valores, mas que após terem feito as reclamações o resultado foi de 16 valores cada.
Estefânio Gunza, que pretende cursar engenharia informática, disse que o sistema lhe terá atribuído 4,5 valores, mas que após a reclamação teve 11.
Situação similar viveu Adriano Conde, que se frustrou ao ver que a máquina tinha como resultado a nota 6 valores.
“Quase que tive um enfarte quando vi que tive apenas 6, mas após ter feito a reclamação, ontem, percebi que a máquina de correcção automática da UAN não está boa e na correcção tive 14”, explicou.
Segundo o Novo Jornal, centenas de candidatos encheram esta quinta-feira, 8 de Setembro, o Campus Universitário da UAN para efectuarem as suas reclamações. A Polícia Nacional foi chamada para manter a ordem.
Face ao elevado número de reclamações, a direcção da Universidade Agostinho Neto decidiu alargar para esta sexta-feira, 9 de Setembro, o período de reclamação, uma vez que o mesmo apenas estava previsto para esta quinta-feira.
O coordenador da subcomissão dos exames de acesso da UAN, Lopes Baptista, disse que as reclamações são legítimas e defende que não houve falha no sistema de correcção das provas.
“A correcção é automática e levamos 7 segundos para corrigir uma prova. O candidato tem uma folha de resposta, caso não preencher correctamente a folha de resposta no momento da leitura pode-se dar o caso de a máquina não fazer a leitura daquela questão, por o processo ser automático”, explicou Lopes Baptista.
No acto da reclamação e após reverem a prova, a máquina volta a ler a prova novamente e a resposta que ficou por ser corrigida.
“Caso a resposta estiver certa é-lhe atribuída a nota que merece. Caso estiver errada, permanece com a sua nota”, explicou, ainda, mas o que é certo é que há demasiados erros nas correcção, que significam entrar ou não para a Universidade para muitos dos candidatos.