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Banca angolana aberta ao capital estrangeiro

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O Millennium Atlântico, detido em 22,5% por capitais portugueses, decidiu promover a abertura do seu capital a investidores fora do espaço lusófono, adiantou o semanário português “Expresso” citando fontes da instituição dirigida pelo português Daniel Santos e pelo angolano António Assis.

Recentemente, Manuel Nunes Júnior, ministro de Estado para a Coordenação Económica do governo liderado pelo Presidente João Lourenço, anunciou que a privatização dos 10% das acções que o Estado detém no Banco Angolano de Investimentos (BAI) que serão alienadas até Junho deste ano, com uma oferta pública de venda (IPO) na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA).

Ainda em bolsa, o Executivo prevê vender as participações de outras empresas, nomeadamente a participação do Estado no Banco Caixa Geral Angola.

Esta semana ficou a saber-se da intenção de uma operação, preparada desde meados do ano passado, pelo banco Millennium Atlântico, no sentido de abrir parte do capital, ainda este ano, através da entrada do banco na bolsa de valores de Luanda.

“Focados na atracção de investidores e de linhas de financiamento, procedemos a alterações de estrutura e no sistema de “governance” para conformar o banco às novas e crescentes exigências do mercado e às boas práticas internacionais”, disse ao semanário português Daniel Santos.

“A entrada de accionistas estrangeiros vai colocar o banco sob maior exposição reputacional no mercado internacional, mas, ao mesmo tempo, pode assegurar a conquista de vantagens acrescidas com a possibilidade de vir a estabelecer parcerias com instituições bem creditadas no mundo financeiro”, disse ao Expresso uma fonte do Banco Nacional de Angola, que está atenta ao desenrolar deste processo.

O Millennium Atlântico conta com dois milhões e meio de clientes.

“Somos um banco com um balanço financeiro equilibrado que, depois de ter aprovado, no ano passado, um novo plano estratégico, pretende este ano reforçar a sua posição entre os principais bancos angolanos”, afirmou ao jornal português Daniel Santos.

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