Até ao final do ano, o Programa de Privatizações (Propriv) prevê concluir cerca de 44 processos, adiantou hoje à imprensa o presidente do conselho de administração do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE), Patrício Vilar, no final de uma reunião da Comissão Nacional Interministerial, responsável pela implementação do Programa de Privatizações, liderada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, em que foi apresentado o ponto de situação do ProPriv.
Patrício Vilar destacou entre estes a conclusão de processos no sector financeiro, nomeadamente o Banco Caixa Geral de Angola e a Bolsa de Valores e Dívidas de Angola (Bodiva); nas telecomunicações, a TV Cabo; na indústria, a quarta fase de privatização dos activos da Zona Económica Especial, Secil Lobito — Companhias de Cimento do Lobito e Unidades Industriais do Universo CIF; na construção, a Mota-Engil Angola, e na agroindústria, a Fazenda de Sanza Pombo e Empreendimento do Cubal — Fábrica de Farinha de Milho do Cubal.
O responsável considerou positiva a execução do ProPriv, que atingiu já uma taxa de 67% relativamente ao total previsto.
Segundo Patrício Vilar, o programa foi concebido para quatro anos, dos quais “em rigor, não decorreram sequer três”.
“Porque, na verdade, iniciámos em finais de 2019. Portanto temos 2020, 2021 e alguns meses de 2019 e depois, finalmente, os meses que decorreram até agora em 2022. Considerando este facto cronológico, não há a mínima dúvida que temos uma boa taxa de execução”, sublinhou Vilar.
No que se refere ao valor arrecadado até à presente data, Patrício Vilar considerou-o significativo.
“Cada vez que se faz uma operação em bolsa esse valor tende a subir exponencialmente, por exemplo, só com a operação do BAI (Banco Angolano de Investimento) subiram quase 100 mil milhões de kwanzas, o que significa que temos aqui ainda uma margem de produção significativa à medida que formos fazendo as operações em bolsa”, referiu.
De acordo com o PCA do IGAPE, ainda se perspectivam para este ano operações em bolsa para os casos do Banco Caixa Geral Angola, da TV Cabo e a Sonangalp, o que poderá causar eventualmente a duplicação do valor arrecadado, nos próximos tempos.