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Do documento aprovado pelo plenário da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que esteve reunido no final da semana passa, na primeira sessão ordinária, não constam os relatórios dos partidos políticos PRS e FNLA, que não apresentaram junto da CNE, nos prazos estabelecidos por lei, as suas prestações de contas.
Entretanto, aprovados, sem reservas estão as contas do MPLA, CASA-CE, P-Njango e APN, quanto aos relatórios da UNITA e PHA foram aprovados com reservas, sem que a Camunda News tenha conseguido perceber que tipo de “reservas” foram apontadas aos dois partidos.
Entretanto, e de acordo com o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, o organismo responsável pelo processo eleitoral vai informar ao Tribunal de Contas, que dois dos oito partidos e coligação de partidos políticos concorrentes às eleições gerais de 24 de Agosto de 2022, nomeadamente o PRS e a FNLA, não apresentaram o relatório e contas.
No entanto, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) diz estar indignada com a CNE, que, até agora, não tem aceitado o seu relatório financeiro da campanha eleitoral referente às eleições de 2022.
“Estamos a insistir sempre para a entrega do relatório financeiro da campanha eleitoral referente às eleições de 2022, mas a CNE não recebe. A FNLA está ansiosa para a prestação de contas. Temos de esclarecer como é que o dinheiro dado pelo Executivo foi gasto”, disse ao Novo Jornal, esta segunda-feira, 23 de Janeiro, o porta-voz do partido, Ndonda Nzinga.
“Estamos a pedir o bom senso do presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva, para autorizar a recepção do relatório”, acrescentou Ndonda Nzinga, salientando que a sua organização política já informou ao Tribunal de Contas e este também, até agora, não interpelou a CNE relativamente a este impasse.
Nas eleições gerais de 2022, os partidos políticos foram subvencionados com 1,1 mil milhões de kwanzas cada.
Refira-se que no pleito eleitoral de 24 de Agosto cada candidatura recebeu para a campanha eleitoral 1,1 mil milhões de Kwanzas.
O MPLA obteve 51,17% e 124 deputados e a UNITA 43,96% e 90 deputados. O PRS com 3% teve direito a dois deputados, a FNLA com 1.06% outros dois, o mesmo número de deputados elegeu o estreante Partido Humanista de Angola (PHA) de Florbela Malaquias, com 1,02% dos votos.
A CASA-CE com 0,76%, a APN com 0,48% e o PJANGO com 0,42% não conseguiram qualquer assento parlamentar e vão por isso deixar de ser subvencionados pelo Estado.