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O tenente-general Luís Simão Ernesto, antigo secretário-geral da Casa de Segurança do Presidente da República, de 1996 a 2017, foi dizer no início desta semana, ao tribunal, na qualidade de testemunha arrolado pelo Ministério Público (MP), que o dinheiro encontrado na posse do major Pedro Lussaty não saiu da Casa de Segurança do PR e que as autoridades devem investigar a sua origem, escreve o Novo Jornal.
Porque, e como afirmou o antigo secretário-geral da Casa de Segurança, os milhões de kwanzas apreendidos em casa e na posse do major Pedro Lussaty é da série de 2021 e nesta altura o major, e outros responsáveis da Casa de Segurança que se encontram entre os arguidos, já não faziam parte daquela instituição.
Em tribunal, o tenente-general assegurou que coronel Jacinto Hengombe, antigo assistente principal da secretaria-geral da ex-Casa de Segurança, actual Casa Militar do Presidente da República, e Pedro Lussaty, eram seus colaboradores directos na Casa de Segurança e nega que estes inseriam nomes de efectivos “fantasmas” na folha de pagamento no batalhão de Transporte da UGP no Cuando Cubango.
O tenente-general Luís Simão Ernesto, que prestações declarações durante todo o dia de segunda-feira, 26 de Setembro, disse nunca ter tido conhecimento que sobrava dinheiro do pagamento da Unidade de Guarda Presidencial na província do Cuando Cubango e que era repartido em malas entre os arguidos e alguns generais, tal como afirmou recentemente o comandante daquela unidade, o coronel Manuel Correia, em tribunal, e acrescentou que nunca teve conhecimento de que o dinheiro para o pagamento do 8.º batalhão ficava em casa do coronel Manuel Correia, e não da unidade Presidencial.
Ao tribunal, o ex-secretário-geral da Casa de Segurança do PR, negou ter existido uma orientação por escrito do general Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, então ministro do Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, onde orientava a entrega de valores ao arguido Pedro Lussaty.