Fraga expressou preocupação com a possível instabilidade na mudança de liderança do Banco Central no final do ano, quando Roberto Campos Neto deve ser substituído por um presidente indicado pelo PT. Segundo ele, se o novo presidente não agir de maneira apropriada, a inflação pode aumentar, o mercado pode perder confiança, resultando em um “grande fracasso político”. Fraga também mencionou o risco de um aumento significativo nas taxas de juros de longo prazo, o que poderia complicar ainda mais a situação fiscal do país.
Ele acredita que um eventual fracasso do governo Lula poderia abrir caminho para o surgimento de uma terceira via política, fora da polarização entre o lulismo e o bolsonarismo, especialmente diante das dificuldades fiscais e da pressão sobre o BC. “Adoraria ver uma terceira via”, afirmou.
A discussão sobre a sucessão presidencial de 2026, segundo Fraga, ainda é precoce, mas ele vê a necessidade de reformas estruturais para estabilizar a economia. Entre as questões mencionadas estão a reforma da Previdência e a vinculação dos pisos de educação e saúde ao salário mínimo. Fraga concluiu destacando a importância de uma política fiscal responsável para evitar um ciclo vicioso de endividamento e perda de credibilidade econômica.
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